Chuvas irregulares serão frequentes em duas regiões do Brasil; Nordeste faz parte?

Seluchi alerta para a cautela na previsão de grandes tempestades, afirmando ser cedo para afirmar que haverá chuvas torrenciais no fim da primavera.

Moradores de duas regiões devem enfrentar chuvas irregulares | Rafa Neddermeyer / Agência Brasil
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Com pouco mais de um mês transcorrido, a primavera tem sido marcada pelo tímido retorno das chuvas em várias regiões do Brasil. A estação, que se encerra em 21 de dezembro, deve seguir com variações de temperatura e precipitações até o seu fim. Meteorologistas indicam que o período final da primavera será caracterizado por chuvas irregulares, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Tradicionalmente, a primavera é associada ao retorno das chuvas em grande parte do país. Este ano, capitais como Brasília enfrentaram mais de 100 dias sem precipitação, com a estiagem finalmente sendo quebrada nas primeiras semanas da estação. Marcelo Seluchi, meteorologista, explica que estamos em plena transição para a estação chuvosa. “A partir de agora, as chuvas se tornarão mais irregulares, como sempre ocorre durante essa transição, o que marcará a segunda metade da primavera”, afirmou.

De acordo com o climatologista Antonio Marengo, até o momento, a primavera tem sido atipicamente seca e quente, condições incomuns para o período. Ele ressalta que a chegada das precipitações, juntamente com a primeira frente fria, será crucial para romper a estabilidade atmosférica no centro do país, trazendo chuvas intensas para várias regiões.

Presença de Chuvas irregulares

Seluchi alerta para a cautela na previsão de grandes tempestades, afirmando ser cedo para afirmar que haverá chuvas torrenciais no fim da primavera. No entanto, ele antecipa que, nas próximas duas a três semanas, tanto o Sudeste quanto o Centro-Oeste devem registrar chuvas irregulares e variações de temperatura.

“É possível que, em algum momento e lugar, tenhamos chuvas mais fortes. Essa tem sido uma característica crescente nos últimos anos, com uma maior frequência de precipitações intensas devido ao aquecimento global e à atmosfera mais quente”, explica Seluchi.

Fenômeno La Niña

Os especialistas também estão monitorando o fenômeno La Niña, que deve começar a impactar o Brasil a partir de dezembro, embora de forma menos intensa. Marengo lembra que, em 2023, se esperava que o La Niña se iniciasse em maio, mas isso não aconteceu. Ele acredita que as chances do fenômeno começar ainda este ano são baixas.

“Talvez o La Niña se confirme no final do ano, embora com atraso e menor intensidade do que o previsto pelos modelos climáticos”, avalia Marengo.

Durante o La Niña, as temperaturas do Oceano Pacífico na região tropical ficam abaixo da média, o que pode provocar secas em algumas partes da América do Sul e chuvas mais intensas em outras regiões, como a Ásia.

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