Um mês após a morte de Débora Vitória, de 6 anos, familiares e amigos fizeram na manhã desta segunda-feira (12) um ato pedindo justiça para o crime. A menina morreu no dia 11 de novembro após ser baleada durante uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina.
A manifestação aconteceu em frente ao Fórum Cívil Criminal de Teresina, na zona Norte da cidade. Foram usados cartazes para chamar a atenção das autoridades.
A família aguarda o resultado de um exame balístico, que deve determinar se o projétil que atingiu a criança partiu da arma do policial ou do assaltante. A família de Débora reclama da demora e afirma que é injustificável o fato do policial envolvido no caso estar solto.
O suspeito de assalto de realizar o assalto, Clemilson da Conceição Rodrigues, de 29 anos, está preso desde o dia do crime. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele respondia por feminicídio, assalto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
“O advogado está tentando ter respostas e o que a gente quer é Justiça. Dia 20 deste mês sai o resultado do laudo balístico e a delegada disse que não vai mais prolongar. Eu sei o que eu vi, na hora eu vi que o tiro partiu do policial, tenho certeza absoluta de onde partiu o tiro porque eu estava com ela”, falou Dayane Gomes, mãe da criança, enquanto erguia um cartaz com a frase “O caso não foi resolvido por que somos pobres? Queremos Justiça!”.
A tia de Débora Vitória, Raiane Bárbara, contou que a família vive em profundo sofrimento desde a morte da criança e precisa de respostas de autoridades para aliviar o sentimento de injustiça. “Estão tratando a situação como se nada tivesse acontecido e queremos fazer a nossa parte em cobrar respostas sobre a morte dela”, contou.
Segundo o advogado de defesa da família de Débora Vitória, Smailly Carvalho, a delegada responsável pelo caso garantiu que até o dia 20 o inquérito será concluído.
“O inquérito ainda não foi concluído, conversamos com a delegada que prontamente nos atendeu e garantiu que até o dia 20 não será mais prorrogado e ela vai concluir. Nós acreditamos no que a mãe diz, embora nós, como defesa, não podemos nos manifestar com veemência porque temos que aguardar o laudo pericial. Acreditamos na nossa cliente, na dona Dayane, na dor que ela vem sofrendo e jamais ela iria acusar alguém sem provas”, declarou.
Relembre o caso
Débora Vitória estava com a mãe, a manicure Dayane Gomes, quando as duas sofreram uma tentativa de assalto. Testemunhas relataram à policia que uma terceira pessoa teria visto a situação e reagido com disparos, momento em que se iniciou uma troca de tiros e as vítimas foram atingidas. O caso ocorreu no dia 11 de novembro.
Dayane, a mãe da menina foi alvejada com um disparo de arma de fogo na região da coxa. Ela e a filha foram socorridas, mas a criança não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.