Caso Débora Vitória: defesa diz que tiro que atingiu criança não foi do PM

O advogado Otoniel Bisneto adiantou e ressaltou que o resultado da perícia irá dar um ponto final no envolvimento de B. Filho, que foi intimado e ouvido.

p | p
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A defesa do tenente da reserva da Polícia Militar investigado no caso da morte de Débora Vitória Gomes Soares Batista, de 6 anos, concedeu entrevista ao Meionorte.com na manhã desta terça-feira (29). O advogado Otoniel Bisneto adiantou e ressaltou que o resultado da perícia irá dar um ponto final no envolvimento de B. Filho, que foi intimado e ouvido.

Para a reportagem, a defesa explicou que o disparo que atingiu a criança não partiu do tenente, devido o ângulo em que estava em relação ao acusado e a menina. O advogado argumento ainda se fosse um projétil de ponto 40, o ‘estrago era muito maior’. 

Acusado do crime já foi indiciado pelo DHPP (Foto: Reprodução)

“A gente está aguardando o resultado da perícia com ansiedade, ela que vai botar um ponto final nessa historia, porque a gente acredita que o disparo não partiu do tenente, primeiro pelo ângulo que ele estava em relação ao Clemilton e a menina. Segundo que um projétil de ponto 40 se ele atingir o corpo de uma criança de seis anos o estrago era muito maior, os efeitos do disparo de uma arma como essa são enormes. A gente que já é adulto, que tem uma densidade óssea mais resistente esfacela, imagina o corpo da criança. O orifício entrou e saiu é muito pouco provável que esse projétil tenha sido de ponto 40. Agora só a perícia que vai esclarecer porque o Clemilton estava de 38 e a polícia militar só usa ponto 40. Vamos esperar o laudo, o que sabemos é que o disparo não partiu do tenente pelo ângulo, posição que ele estava em relação à criança e pelos efeitos do disparo”, destacou.

Dayana Gomes, mãe da pequena Débora Vitória, acusa o policial de ter sido o responsável pelos disparos que vitimaram a criança. Porém, foi instaurado um novo inquérito policial onde através de uma micro comparação balística será possível identificar de qual arma saiu o tiro que  atingiu a menina.

o acusado do assalto, Clemilson da Conceição Rodrigues, foi indiciado por tentativa de latrocínio contra a manicure. “O Clemilton entregou um simulacro e uma arma caseira para a polícia e o tenente viu ele portando uma calibre 38. O tenente acertou a perna dele e continuou a perseguição, o local que ele se escondeu é da facção que ele pertence, lá eles trocaram as armas”, reitera Otoniel Bisneto. 

Dayana Gomes, mãe de Débora Vitória (Foto: Rede Meio Norte)

Sobre a informação de que B. Filho estaria bebendo no momento em que flagrou a tentativa de assaltou e interviu, a defesa descarta. “Não procede até porque ele ia trabalhar, ele estava com o filho dele no colo, a gente entende a dor da mãe da menina Debora, não vamos ser levianos, qualquer pessoa que perder seu filho é ruim, eu não gostaria de passar. O que eu questiono é porque que só acusa o policial? porque todo ódio é ligado só contra o oficial da PM que estava atuando no dever legal?”, disse o advogado, negando ainda que não havia atritos entre Débora e seu cliente.

A delegada Nathalia Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ressaltou que o tenente compareceu após ter sido intimado, apresentou sua arma espontaneamente e ainda segue na condição de investigado no caso.

“Ele está em liberdade, até porque ele está na condição de investigado, em todo momento. No momento que ele foi intimado ele compareceu, ele apresentou espontaneamente a arma dele, então não existe nenhum elemento para representar a sua prisão, nós estamos ainda apurando, temos que ter certeza porque tiveram dois envolvidos que trocaram disparos de arma de fogo, então só com a perícia técnica que a gente pode ter certeza de onde veio esse disparo”, pontuou.

 

 

 

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES