Parte da mina 18 da Braskem rompeu no domingo (10), levando a Defesa Civil de Maceió a afirmar que o afundamento do solo tende a desacelerar devido ao preenchimento da cavidade com rocha e água da lagoa. O tamanho da cratera formada sob a água ainda não foi determinado.
A região já havia sido completamente evacuada desde o alerta de colapso emitido em 29 de novembro. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, declarou que o rompimento ocorreu conforme o esperado, e não há risco iminente para a população. A teoria da Defesa Civil alinha-se à opinião do professor Abel Galindo, engenheiro civil com mestrado em geotecnia pela UFPB.
Horas antes do colapso, a velocidade de movimentação do solo na área da mina 18 havia desacelerado, passando de 0,54 cm/h para 0,52 cm/h. O terreno já cedera 2,35 metros desde 30 de novembro, quando começaram as medições.
A mina, uma das 35 da Braskem na região para extração de sal-gema, mineral utilizado na produção de soda cáustica e PVC, encontra-se parcialmente sob a lagoa Mundaú. Técnicos da Defesa Civil e do Instituto do Meio Ambiente avaliam os impactos ambientais. Apesar do colapso, o alerta da Defesa Civil persiste, aconselhando que as pessoas evitem circular na área desocupada.
Desde o surgimento das primeiras rachaduras causadas pela mineração em 2019, mais de 14 mil imóveis foram evacuados em cinco bairros, afetando aproximadamente 60 mil pessoas. A empresa havia interrompido a mineração no final de 2019, iniciando um processo de fechamento das minas.