Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no trimestre encerrado em junho foi de 8,0%. Esse resultado representa o menor índice para o período desde 2014 e indica uma redução significativa de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,8%), referente aos meses de janeiro a março. Além disso, ao compararmos com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), houve uma queda ainda mais expressiva de 1,3 ponto percentual. Esses dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que analisa e acompanha a situação do emprego no país.
No segundo trimestre de 2023 havia cerca de 8,6 milhões de pessoas desocupadas no país, uma queda de 8,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,2% se comparado ao mesmo período de 2022. O número de pessoas ocupadas, por sua vez, foi de 98,9 milhões, aumento de 1,1% na comparação trimestral e de 0,7% na anual.
"O segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano", destaca a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Conforme os dados da PNAD Contínua, referentes ao trimestre em questão, foi constatado que o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada atingiu 13,1 milhões de pessoas, apresentando um acréscimo de 2,4% (ou seja, mais 303 mil pessoas) em comparação com o trimestre anterior. Contudo, quando analisada a comparação anual, esse indicador se manteve estável.
Quanto à quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, não houve variação significativa durante o trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas empregadas nessa condição. No entanto, em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve um aumento de 2,8%, representando um acréscimo de 991 mil pessoas em empregos formais no setor privado.
Em relação aos 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, houve aumento de 2,6% no confronto com o trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2022, o cenário foi de estabilidade. O número de empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas), por sua vez, cresceu 3,8% frente ao trimestre anterior. Quando se compara com o mesmo trimestre de 2022 houve alta de 3,1%, um acréscimo de 365 mil pessoas.
Segundo os dados da PNAD Contínua, a categoria dos trabalhadores por conta própria, que reúne um contingente de 25,2 milhões de pessoas, mostrou estabilidade na comparação com o trimestre anterior, sem variações. No entanto, ao analisar a comparação com o mesmo período do ano anterior, foi observada uma redução de 491 mil pessoas nessa categoria durante o trimestre em questão. Isso indica uma diminuição no número de trabalhadores atuando por conta própria em relação ao mesmo período do ano anterior.
(Com informações do IBGE e Brasil Econômico)