A destruição da represa hidrelétrica de Nova Kakhovka, no dia 6 de junho, na Ucrânia, causou danos de aproximadamente € 1,2 bilhão, cerca de R$ 6,27 bilhões. Foi o que afirmou nesta terça-feira (20), em nota, o ministro do Meio Ambiente da Ucrânia, Ruslan Strilets. O Ministério também alertou sobre o fato de que algumas minas que foram lançadas na região podem causar destruição na costa de outros países.
O ministro também afirmou que os levantamentos dos danos causados pelo ataque e a análise para a reparação dos estragos decorrentes da destruição da represa já estão em andamento. A destruição da barragem foi considerado o maior desastre ambiental no país desde a invasão da Rússia, iniciado em fevereiro de 2022.
"Há coisas que nunca poderemos restaurar. Esses são os ecossistemas que foram arrastados para o Mar Negro. Isso inclui 20.000 animais que provavelmente morreram, incluindo espécies endêmicas que só foram encontradas no sul da Ucrânia", afirma Strilets.
O ministro não especificou exatamente em quanto estão avaliados os custos da estimativa do prejuízo, mas explicou que o colapso da barragem deixou pelo menos 1 milhão de pessoas da cidade sem água potável, por conta do volume do reservatório de Kakhovka, que com a destruição da barragem, reduziu em três quartos de sua capacidade. A represa em questão, localizada em Nova Kakhovka, que se rompeu no sul da Ucrânia em 6 de junho deste ano, fica a cerca de 125 km da usina de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear central da Europa.
"A Europa encontrará minas russas em suas praias", disse ele.
A Ucrânia faz ainda acusações contra a Rússia, acreditando que o país foi responsável por explodir a barragem da era soviética, estando sob o controle russo desde o início da invasão. Uma equipe formada por especialistas jurídicos internacionais, auxiliaram os promotores da Ucrânia durante a investigação e afirmaram ser "altamente provável" que a destruição da barragem tenha sido causado por vários explosivos plantados pelos russos.