Sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabetes, uso excessivo de cigarro e álcool são alguns dos fatores que influenciam no alto índice de mortalidade por doenças cardiovasculares. Os dados apresentados na última Pesquisa Nacional da Saúde são alarmantes, pois mostram que no Brasil cerca de 96 milhões de pessoas estão acima do peso, o que agrava essas condições. Por isso, os especialistas alertam sobre esses riscos, que podem ser evitados com um estilo de vida mais saudável.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais de mil mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). Estima-se, ainda, que em 2040 haverá aumento de até 250% de mortes decorrentes de doenças cardiovasculares.
A pandemia da Covid-19 trouxe ainda um agravante. Um dos seus efeitos colaterais foi o aumento do sobrepeso na população e a redução na procura por atendimento médico. Isso se refletiu no agravamento de doenças crônicas. “Dados atuais já demonstram que morte por doenças crônicas não transmissíveis já voltaram a superar as mortes por Covid-19. Além disso, a pandemia influenciou no percentual de sobrepeso da população, pois houve redução da mobilidade das pessoas e aumento do uso de delivery. Outro fator importante para o aumento dessas mortes foi a dificuldade de acesso à saúde, quando a população, por medo da contaminação pelo coronavírus, deixou de frequentar os hospitais; o que provocou um aumento de infartos em casa”, explica o cardiologista da Med Imagem, Antônio Luiz do Nascimento (CRM-PI 7055/ RQE 3515).
Ainda conforme o médico, as doenças ligadas ao coração também superam as oncológicas como causa de mortalidade. “Temos como principais fatores de mortes o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral, mas nesse grupo incluem-se ainda hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia (colesterol), arritmias cardíacas, tromboses venosas e embolias pulmonares e sistêmicas. As doenças cardíacas congênitas, doença hipertensiva gestacional e febres reumáticas são grupos mais específicos, mas também de grande impacto no país”, destaca o cardiologista.
Doenças cardiovasculares podem ser assintomáticas
Na maioria das vezes, as doenças cardiovasculares não apresentam sintomas, mas alguns sinais podem ser indícios de problemas no coração, como explica o médico da Med Imagem. “Intolerância a esforços, palpitações, desconforto torácico, dor torácica, cefaleia (dor de cabeça) podem ser manifestações de problemas cardíacos. Por isso, buscar o cardiologista com ou sem sintomas é fundamental, pois, às vezes, as doenças cardiovasculares são assintomáticas”, relata Antônio Luiz.
O cardiologista orienta ainda que “as pessoas coloquem a especialidade em sua rotina médica para que seja feita uma avaliação direcionada para sua faixa etária, gênero e fatores de riscos”.
Hemodinâmica traz tecnologia para o diagnóstico e tratamento do coração
Os avanços na medicina caminham juntos com a tecnologia e hoje alguns procedimentos realizados ajudam a evitar o agravamento de quadros de doenças cardiovasculares. É o caso da hemodinâmica, que consiste em exames de alta complexidade e procedimentos minimamente invasivos, capaz de reduzir o número de cirurgias cardíacas de peito aberto. “Hoje, temos acesso à alta tecnologia em cardiologia com o setor de Hemodinâmica da Med Imagem aqui na nossa cidade. E através da hemodinâmica conseguimos tratar pessoas com eventos agudos como infartos e AVC, reduzindo a mortalidade dessas patologias”, explica Antônio Luiz.
O médico aponta ainda que buscar uma vida saudável é a melhor forma de diminuir a incidência de morte por doenças do coração. “Ter uma vida saudável é a principal forma de evitar as doenças cardiovasculares. Por isso, é importante praticar exercício físico, manter alimentação saudável, realizar refeições nos horários corretos, dormir bem, ingerir uma quantidade adequada de água e evitar o uso excessivo de cigarro e álcool. Além disso, pra quem precisa, a utilização correta da medicação de uso crônico e a visita rotineira ao especialista são fundamentais”, finaliza o cardiologista.