A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), está colhendo depoimentos de pessoas ligadas a morte da onça-suçuarana que fugiu de um recinto dentro Bioparque Zoobotânico de Teresina, ocorrida no último sábado (04), após sua captura.
Em entrevista ao Meionorte.com, o delegado William Morais, da DPMA, explicou que já ouviu a equipe da guarda ambiental, a bióloga que estava presente na captura e administradores do bioparque. Está marcado para amanhã (07), os depoimentos dos tratadores do animal que também participaram da captura.
“Nós já escutamos a equipe da guarda ambiental, já escutamos a bióloga do parque e que estava presente na captura e pegamos o depoimento de administradores do parque. Está marcado para amanhã o depoimento dos tratadores do animal que fizeram a captura. E depois disso, quinta ou sexta, a gente já vai ter uma visão do que aconteceu”, frisou o delegado.
A onça havia fugido da noite de quinta para sexta (03), após o seu recinto ter sido atingido e danificado durante a queda de uma árvore de grande porte, com a chuva e fortes ventos. O felino foi capturado após ter pulado o muro do bioparque nas proximidades do Terminal Rodoviário do Zoobotânico. Sua morte foi confirmada oficialmente pelas autoridades na manhã seguinte.
Em nota, o Zoobotânico de Teresina explicou que após o seu regaste com vida, o felino foi levado para um recinto, continuando o seu monitoramento pela equipe de veterinários e biólogos, que constataram algum tempo depois que o mesmo não estava bem, iniciando os procedimentos médicos-veterinários, que ‘infelizmente não impediram o seu óbito, por motivos que ainda estão sendo analisados através da necropsia’.
William Morais destacou ainda que há dois laudos para serem emitidos acerca da morte da onça. Um é está sendo realizado pela UFPI e tem um prazo de 45 dias e um segundo, que seria da perícia da própria DPMA, onde o delegado já solicitou uma versão preliminar, que é a partir dele, que será definido a linha de atuação da delegacia diante da morte do animal. Tanto o bioparque e as pessoas que participaram da captura podem ser responsabilizados.
“Pedi para nossa perita para fazer um laudo provisório e depois a gente ter um definitivo. Ela disse que ia se esforçar para isso e inclusive, até o final do dia disse que ia me ligar para saber se termos condições para até o fim da semana. A gente tem outra perícia para fazer que é no candão, no laço de ferro porque parece que apresentou defeito, segundo os depoimentos. Em cima da causa da morte que vai ser definido a nossa atuação, se ela tinha doença pré-existente, se foi ação dolosa, que tanto o parque e as pessoas que fizeram a captura podem responder”, finaliza.