Na região do semiárido piauiense, os trabalhadores também se organizaram em cooperativas e uma das mais representativas é a Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí (COCAJUPI), que tem a central em Picos e unidades funcionando nas cidades de Monsenhor Hipólito, Francisco Santos e Ipiranga.
Segundo o presidente Jocibel Belchior Bezerra, são 129 filiados que trabalham com produtos do caju (castanha e cajuína). "A cooperativa foi constituída em 2005 e iniciou as atividades em 2007", disse, enfatizando que a COCAJUPI chegou a ter mais filiados e atualmente só são filiadas as pessoas que realmente compreendem a essência do cooperativismo para os seus negócios.
Mais do que comercializar a produção dos filiados, a COCAJUPI desempenha papel importante, com realização de cursos e capacitações sobre sustentabilidade, mercado, manejo e preservação do meio ambiente.
Cajuína para mercado interno
Belchior Bezerra, mais conhecido por Jocibel, informa que a cajuína é destinada mais ao mercado interno e a castanha é vendida tanto para o mercado nacional quanto internacional. "No mercado externo, vendemos a castanha para Itália", informa.
Atualmente, Jocibel informa que a produção de castanha da COCAJUPI chega em torno de 205 toneladas por ano. "Isso representa, em amêndoas, um total de 42 a 43 toneladas e de cajuína, a produção média é de 70 mil garrafas por ano", explica.
Com atuação de forma organizada, Belchior diz que a cooperativa, além de organizar e potencializar o trabalho dos produtores de caju, garante uma renda média de 1,5 salário mínimo na atividade de cajucultura.
Na cartela de produtos da COCAJUPI tem amêndoa castanha de caju caramelizada (sabores chocolate, gergelim e mel), amêndoa castanha de caju natural, amêndoa de castanha salgada com óleo e suco clarificado de caju (cajuína).