O empresário industrial tem se mantido otimista. Quando pesquisados sobre as perspectivas para os próximos 6 meses, o indicador de expectativa de aumento no número de empregados no Piauí apresentou significativa melhora, passando de 9,8% no mês de outubro para 19,1% em novembro, segundo dados da Sondagem Industrial da Fiepi.
A expectativa de aumento nas compras de matéria-prima para os próximos 6 meses também apresentou melhora considerável, passando de 27,5% em outubro para 44,7% em novembro.
No setor da Construção Civil, quando se fala em projeções para os próximos 6 meses, a perspectiva de aumento no número de empregos elevou-se de 45,5% em outubro para 47,6% em novembro.
Em 2021, segundo a Fiepi, a indústria empregou 51.208 trabalhadores. Segundos dados do CAGED foram criados pela indústria e indústria da construção civil até novembro de 2021 pouco mais de 32 mil empregos, gerando um saldo positivo de 7,8 mil empregos.
Desafios
Os principais polos industriais do Piauí estão em Teresina, Picos e Parnaíba e o grande desafio, embora a pandemia seja preocupante, os empresários industriais ainda sofrem com a infraestrutura, sobretudo com a de transportes, que é deficitária, a falta de energia elétrica de qualidade, excesso de burocracia, política tributária e dificuldades no acesso a crédito.
De acordo com os dados da Sondagem Industrial da Fiepi, a construção civil responde por 44,8% seguidos pelo setor de serviços de utilidade pública com 29,6%, alimentos (8,2%), bebidas (5,1%), manutenção e reparação (3,1%). Juntos, esses segmentos representam 90,8% da indústria no Piauí.
No atual momento, estão em fase de implantação no Piauí projetos solares em Ribeiro Gonçalves e Campo Maior.
2022 será o ano da redenção da indústria
Segundo Andrade Júnior, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), o setor industrial apresentou avanços em 2021, superou desafios e manteve o otimismo no desenvolvimento econômico.
Durante o ano, diversos pontos foram levantados pelo CIEPI como cobrança para celeridade de processos cartorários, resolução dos problemas do transporte público, soluções para redução do preço dos combustíveis, além de parceria com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI) para inovação da indústria piauiense. Andrade Júnior, presidente do CIEPI, revela otimismo para o setor em 2022.
“Os anos de 2020 e 2021 foram difíceis e desafiadores. Acredito que 2022 será o ano da redenção. Em março, quando foi declarada a pandemia, as indústrias pararam. Mas logo ali em outubro reagimos fortemente. Quero ressaltar a parceria positiva com IFPI costurada esse ano e que será implementada em 2022, contribuindo para mais inovação e desenvolvimento do nosso setor. Estamos ansiosos e crentes que cresceremos no ano que se aproxima”, disse.
"Não devemos baixar a guarda", diz presidente da Fiepi
De acordo com a Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI), o volume de produção das indústrias piauienses teve sua estabilidade em 66,7%, o melhor percentual desde janeiro de 2021. No Nordeste, essa estabilidade reduziu passando de 55,7% em setembro e fechando outubro em 52,6%. Já em questão do número de empregados, o indicador aponta que em outubro houve estabilidade de 74,5% no Piauí, aproximando-se do melhor percentual medido no ano de 2021, que foi maio, com 80,4%.
Andrade Júnior ressalta os desafios e as conquistas para o próximo ano. “A cautela é a palavra-chave para 2022. Não devemos baixar a guarda, pois nascem novas indústrias a cada momento e com esse espírito devemos crescer com novos negócios. O Índice de Confiança do Empresário Industrial de novembro, por exemplo, revela expectativa positiva em relação aos negócios e economia do país. E assim que seguimos otimistas para o ano que se aproxima”, conclui o presidente do CIEPI.