A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que a conta de luz no Brasil terá um aumento acima da inflação em 2024. De acordo com a agência, a projeção é de um aumento de 5,6%, superando a inflação estimada em 3,9% pelo mercado financeiro. Esse cenário representa uma continuidade da tendência observada desde 2021 para os consumidores residenciais. A consultoria PSR também estima um aumento, projetando um acréscimo de 4% acima da inflação.
Os especialistas consultados destacam três principais fatores que têm pressionado a conta de luz: o crescimento dos subsídios pagos pelos consumidores, o custo da contratação de energia e os investimentos em transmissão. Os subsídios, que custarão aos consumidores R$ 32,7 bilhões somente em 2024, representam 12,5% da conta de luz, financiando políticas públicas e descontos para pessoas de baixa renda.
Além disso, o custo da contratação de energia, especialmente termelétrica, e os investimentos bilionários em transmissão para escoar a energia renovável do Norte de Minas Gerais e Nordeste também contribuem para o aumento. Esses fatores têm levado a um debate sobre a necessidade de revisão do marco legal do setor, considerando as mudanças ocorridas desde a última regulamentação.
Enquanto alguns estados podem ter reajustes mais significativos, a Agência Nacional de Energia Elétrica esclarece que os aumentos são aplicados de acordo com as especificidades regionais. A proposta do governo Lula (PT) para reduzir a conta de luz envolve o uso dos aportes da Eletrobras, provenientes da privatização, para pagar empréstimos das distribuidoras devido à pandemia e custos durante a crise hídrica. A medida está em discussão no Executivo, com a expectativa de ser encaminhada ao Congresso por meio de medidas provisórias.
Para mais informações, acesse MeioNorte.com