IBGE: Piauí tem a menor taxa de desemprego do Nordeste; veja ranking!

A desocupação no Piauí é de 9,4%, sendo o único ente da região com o indicador abaixo de 10%. O número é similar ao de São Paulo (9,2%).

. A desocupação no Piauí é de 9,4%, sendo o único ente da região com o indicador abaixo de 10%. O número é similar ao de São Paulo (9,2%). | HELENA PONTES
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O Piauí é o Estado nordestino com a menor taxa de desemprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo IBGE.  A desocupação no Piauí é de 9,4%, sendo o único ente da região com o indicador abaixo de 10%. O número é similar ao de São Paulo (9,2%).

O levantamento refere-se ao segundo trimestre de 2022, nesse sentido, na comparação com os três meses iniciais do ano, o Piauí teve a quinta maior queda na taxa de desemprego, com uma retração de 2,9%.

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Piauí teve queda de quase 3 pontos percentuais na taxa de desemprego (Foto: Helena Pontes/IBGE)Em âmbito nacional, de acordo com o IBGE, a taxa de desocupação apresentou queda em 22 unidades da federação no 2º trimestre de 2022, frente ao trimestre anterior, refletindo a redução, disseminada nos estados, do índice nacional de 14,2% para 9,3% no período. Outros cinco estados registraram estabilidade.

O estado de Pernambuco registrou o maior recuo do 1º para o 2º trimestre: menos 3,5 pontos percentuais.

Nas grandes regiões, houve redução da taxa do 1º para o 2º trimestre, com o Nordeste registrando a maior taxa de desocupação: 12,7%. A região também abriga os três estados com maior índice de desemprego: Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já as menores taxas foram em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e Rondônia.

A PNAD Contínua Trimestral mostra que, no 2º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tiveram a carteira assinada, destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%). Na parte debaixo do ranking ficaram Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).

Veja a taxa de desemprego por Estado:

Bahia: 15,5%

Pernambuco: 13,6%

Sergipe: 12,7%

Rio de Janeiro: 12,6%

Paraíba: 12,2%

Rio Grande do Norte: 12%

Acre: 11,9%

Distrito Federal: 11,5%

Amapá: 11,4%

Alagoas: 11,1%

Maranhão: 10,8%

Ceará: 10,4%

Amazonas: 10,4%

Piauí: 9,4%

São Paulo: 9,2%

Pará: 9,1%

Espírito Santo: 8%

Minas Gerais: 7,2%

Goiás: 6,8%

Rio Grande do Sul: 6,3%

Roraima: 6,2%

Paraná: 6,1%

Rondônia: 5,8%

Tocantins: 5,5%

Mato Grosso do Sul: 5,2%

Mato Grosso: 4,4%

Santa Catarina: 3,9%

Desocupação entre mulheres e entre pessoas pretas e pardas permanece acima da média nacional

A PNAD Contínua Trimestral mostra, também, que enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas (7,3%) e de homens (7,5%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), as das mulheres (11,6%) e de pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram mais altas no 2º trimestre deste ano.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, pondera que, apesar da queda generalizada na taxa de desocupação em diversos recortes, a distância entre homens e mulheres ainda é grande. “A queda foi maior entre as mulheres (2,2 p.p. contra 1,6 p.p. dos homens), porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é 54,7% maior que a dos homens”, afirma.

O recuo disseminado da taxa de desocupação também atingiu o recorte cor ou raça. “Mas a taxa em relação aos pretos e pardos em relação aos brancos aumentou”, explica Beringuy.

No recorte por idade, a taxa de desocupação de jovens de 18 a 24 anos recuou. Era 22,8% no 1º tri e foi para 19,3% no 2º trimestre. “Foi, entre as faixas etárias, onde mais caiu. Mas ainda sim, é uma taxa bastante elevada, bem acima da média”, diz.

Rendimento cai no Sul, Sudeste e Nordeste na comparação anual

No 2º trimestre deste ano, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 2.652, demonstrando estabilidade na comparação com ao 1º tri de 2022 (R$ 2.625). Entretanto, esse valor é 5,1% menor do que o percebido no 2º trimestre de 2021 (R$ 2.794).

Comparando com o tri anterior, todas as regiões apresentaram estabilidade. Já no confronto anual, Nordeste, Sul e Sudeste tiveram queda.

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