Inflação desacelera em março, mas Transportes e Saúde ainda pressionam IPCA

O índice ficou em 0,71%%, abaixo dos 0,84% de fevereiro. No acumulado do ano, o IPCA apresentou alta de 2,09%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,65%.

Inflação de março foi divulgada nesta terça (11) | EBC
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma desaceleração em março, com variação de 0,71%, abaixo dos 0,84% de fevereiro. No acumulado do ano, o IPCA apresentou alta de 2,09%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,65%, abaixo dos 5,60% observados no período anterior.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em março, com exceção do grupo Artigos de residência, que registrou queda de 0,27%. O grupo de Transportes foi o que teve o maior impacto na inflação do mês, com variação de 2,11%, contribuindo com 0,43 ponto percentual. A gasolina, com alta de 8,33%, foi o subitem de maior impacto individual, com 0,39 ponto percentual. 

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O etanol também apresentou aumento de 3,20%, enquanto o gás veicular e o óleo diesel continuaram em queda. As passagens aéreas, que já haviam registrado queda de 9,38% em fevereiro, apresentaram nova redução de 5,32% em março.

Outro grupo que pressionou a inflação em março foi o de Saúde e cuidados pessoais, que registrou alta de 0,82%. O plano de saúde teve uma variação de 1,20%, incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Os itens de higiene pessoal também apresentaram aumento, porém menos intenso do que no mês anterior, com variação de 0,72%. Os produtos de maquiagem tiveram alta de 4,80%, enquanto os produtos para pele registraram queda de 2,42% em março.

No grupo Habitação, a variação foi de 0,57%, com a energia elétrica residencial sendo o item de maior contribuição, com alta de 2,23% e impacto de 0,09 ponto percentual. As variações nas diferentes áreas do país ficaram entre -0,65% em Belém, onde houve redução de PIS/COFINS e aumento da alíquota de ICMS, até 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição foram reincluídas no cálculo do ICMS, seguindo o exemplo de outras áreas como Belo Horizonte, Curitiba e Vitória.

 No Rio de Janeiro, a energia elétrica teve reajustes de 7,49% e 6% pelas duas concessionárias pesquisadas, a partir de 15 de março.

Balanço completo do IPCA em março (Foto: IBGE)

Outros grupos que apresentaram variação foram Alimentação e bebidas, com aumento de 0,05%, e Comunicação, com variação de 0,50%. No grupo Alimentação e bebidas, os principais destaques foram a queda de 0,11% nos alimentos para consumo no domicílio, enquanto os alimentos consumidos fora de casa registraram alta de 0,41%. 

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