O valor médio do benefício do Auxílio Brasil, novo programa social que vai substituir o Bolsa Família, será corrigido em 17,84% em novembro, mas a ampliação do número de beneficiados está prevista somente para o mês de dezembro — quando novas famílias serão incorporadas e a chamada "fila de espera" será zerada. As informações são do Ministério da Cidadania.
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Com isso, a correção do benefício médio ficará abaixo do anunciado pelo ministro da Cidadania, João Roma. Na semana passada, ele havia informado que o Auxílio Brasil teria um reajuste permanente de 20% em relação aos valores pagos no Bolsa Família, que foi revogado.
O governo também informou que o valor de R$ 400, transitório, começará a ser pago somente em dezembro. Mas acrescentou que a diferença registrada em novembro entre o benefício permanente e o valor transitório, de R$ 400, será complementado em dezembro de forma retroativa.
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, afirmou nesta semana que o Auxílio Brasil — programa que vai substituir o Bolsa Família — custará em torno de R$ 84,7 bilhões em 2022.
Fila de espera
Segundo o Ministério da Cidadania, a ampliação do número de contemplados pelo novo programa social, para 17 milhões de famílias, será feita somente em dezembro. No próximo mês, a base de beneficiários continuará em 14,7 milhões de famílias.
Com o aumento do número de famílias beneficiadas no último mês de 2021, acrescentou a pasta, a expectativa é de zerar a chamada "fila de espera" que havia no Bolsa Família - ou seja, pagar o benefício a quem já tem direito mas não está recebendo.
"Em dezembro, o Auxílio Brasil será ampliado para 17 milhões de famílias, o que representa mais de 50 milhões de brasileiros ou um quarto da população. Com isso, será zerada a fila de espera de pessoas inscritas no Cadastro Único e habilitadas ao programa", informou o Ministério da Cidadania, por meio de nota.
O último dado do governo sobre a fila de espera do antigo Bolsa Família é de abril deste ano, quando ela somava, segundo o Ministério da Cidadania, 423.851 famílias.
Porém, de acordo com levantamento da Câmara Temática da Assistência social do Consorcio Nordeste, que reúne governadores da região, a fila do Bolsa Família estava em 2,4 milhões de famílias em julho deste ano, das quais 907 mil no Sudeste e 881 mil no Nordeste.