O setor de construção civil está retomando o crescimento em 2024 após anos de desempenho insatisfatório. Com a redução dos juros, aumento do emprego e mudanças no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para beneficiar famílias de baixa renda, as vendas voltaram a crescer. Além disso, o uso do FGTS Futuro na compra de imóveis é outra novidade que tem impulsionado as ações de construtoras na Bolsa, especialmente aquelas voltadas para o público do MCMV.
AUMENTO EM NÚMEROS: Dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi/SP) mostram que, em 2023, foram vendidas 76.145 unidades novas em São Paulo, sendo 47% delas referentes ao MCMV. Essas vendas somaram R$ 43,9 bilhões, o maior volume desde 2018. Os dados recentes do Secovi/SP indicam que o ritmo do setor se mantém em 2024, com 79,2 mil unidades vendidas nos últimos 12 meses.
AUMENTO DE CADA FAIXA: As mudanças nas regras do MCMV, como o aumento do limite máximo para aquisição de imóveis na Faixa 3, ampliando de R$ 264 mil para R$ 350 mil, estão favorecendo a classe média. Para a Faixa 1, houve aumento do subsídio de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil, ampliando o prazo de amortização do financiamento de 360 para 420 meses e reduzindo os juros para 4-4,5%.
CONSTRUÇÃO CIVIL BENEFICIADA: Além das mudanças no MCMV, o setor de construção civil se beneficia da redução de impostos sobre incorporações imobiliárias, de 4% para 1%, e do uso do FGTS Futuro. O setor também se beneficia da portaria do MCMV Cidades, permitindo que estados e municípios criem programas próprios de subsídios à compra da casa própria, ampliando o acesso à moradia para famílias de baixa renda.
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