Ex de falsa médica relata mentiras: “Até hoje minha tia me cobra os fiado”

Iaponyra Soares Pereira de Sousa e Silva que teve liberdade provisória concedida nesta terça-feira (17) pela Justiça Federal.

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Após a repercussão do caso da falsa médica Iaponyra Soares Pereira de Sousa e Silva, presa em flagrante na OAB-PI em Teresina suspeita de exercer irregularmente a medicina, comentários de um usuário no Twitter repercutiram com supostas novas mentiras de Iaponyra, que teve liberdade provisória concedida nesta terça-feira (17) pela Justiça Federal.

Bernardo Blanche (@Bernardoblanche), que disse em seu comentário já namorou com a falsa médica, relatou que no ano de 2019 voltou a morar em Teresina e naquele período, teria baixado um aplicativo de relacionamento, onde acabou dando match com Iaponyra SoaresOs relatos viralizaram entre os internautas.

Ex de falsa médica relata mentiras: "Até hoje minha tia me cobra os fiado" (Foto: Reprodução/ Redes Sociais) 

"Era enfermeira, estudante de medicina. Uma carioca que fala ixkol, ixquina [sic] e tava morando no Piauí com seu irmão, um militar do exército. Seus pais eram professores da UFRJ. Muita paquera, mas a bicha tava sem tempo, pois eram muitos plantões e aulas. Nossas conversas eram sempre dela dentro de um hospital. Mas aí, pah [sic]. Começamos a namorar. Muito amor kkkk tinha muitas conversas com seu irmão. A muié [sic] ganhou minha família. Fomos para Oeiras e lá ela virou queridinha”, escreveu em sua conta no twitter. 

O usuário explicou que até então estava tudo muito perfeito, até que um amigo a convidou para ministrar um curso preparatório de um concurso de enfermagem. Segundo ele, além de ter os títulos de mestrado, ainda conseguiria os certificados através da Associação Brasileira De Enfermagem (ABEn). 

“Esse meu amigo ficou louco de felicidade. Vendeu mais de 500 vales de aulas. Por tanto assédio, resolveu ir dar uma pesquisa sobre a professora que estava contratando. Sou enfermeiro e sempre achava errado algumas colocações da área da saúde que ela fazia. Mas tacava foda-se, pois para que eu ia desconfiar daquele ser divino que apareceu na minha vida hihi. Meu amigo certo dia me chamou e jogou: ‘Bernardo, tua namorada é enfermeira? Pq [sic] estudante de medicina eu já sei que não é’. Aí veio tudo de uma vez kkkk”, pontuou. 

Bernardo Blanche disse que estava com ela no momento, fingiu dor de barriga e entrou em um banheiro. “Dei um google no nome dela. Tinha um processo lá. Abri e era uma certidão de casamento. Me tremi todim [sic]. A certidão dizia que a doida era casada com nada mais nada menos que o cara que ela me apresentou como seu irmão!!!!!! aaaaaaaaaa [sic]. Ela negou tudo. Fez escândalo, chorou e continuava negando. aí fizemos uma investigação e descobrimos que a doida era só tec de enfermagem e dizia que era enfermeira pra todos e acadêmica de medicina. Pra alguns já dizia que era medica”, continuo. 

“Lembram dos certificados da Aben? então, fomos atrás da presidenta que já estava sabendo do babado e sabe o que aconteceu? ela fez uma denuncia em meu nome ao coren dizendo que eu exercia a profissão de forma ilegal kkkk. Ela sumiu e fiquei puto por causa de uns livros meus que ficaram no carro dela. Uma amiga bem doidinha tmb criou um perfil fake no tinder e achou ela. Nessa situação ela já dizia que era médica do HU UFPI kkkkk”, descreveu ainda. 

Ainda segundo o jovem, pouco tempo depois surge na mídia local o caso Gabriel Brenno, estudante de Caxias que foi assassinado pelo marido de sua amante, explicando a ligação com a ex-namorada. “Nas filmagens o cara era a cara do irmão da muié [sic]. ops, o marido. Passei um mês dentro de casa com medo kkkk. Nunca mais tive noticias da dra Yá kkk ai hoje quando entro em teresina tem quinhentas mensagens falando de sua prisão. Agora era neurologista do HGV. To besta kkk. Até hoje minha tia me cobra os Hinode que ela pegou fiado e nunca mais acertou kkk”, concluiu. 

O caso

De acordo com a Polícia Federal, a falsa médica, na verdade é Auxiliar de Enfermagem, com registro no Conselho Regional de Enfermagem – Coren/PI, tendo se passado junto a OAB por Médica Neurologista para figurar como palestrante em um evento promovido pela própria Ordem. 

Com ela, foram encontrados um carimbo de uma médica com nome semelhante ao dela e papéis timbrados de um hospital particular de Teresina. Ainda de acordo com a PF, a falsa médica foi indiciada pelo crime de Estelionato (Art. 171 do Código Penal Brasileiro).

Na decisão de sua soltura, o juiz federal Brunno Christiano Carvalho Cardoso não julgou necessária a conversão da prisão em flagrante em preventiva, pois a falsidade empregada não infringia a ordem pública, ‘pois deu-se para proferir palestra, não no exercício da medicina, de modo que não pôs em risco a vida de terceiros’.

 

 

 

 

 

 

 

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