Flávio Dino diz que vai enviar à PF pedido de ministério para investigar apagão

No Piauí, mais de 1,2 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica

Ministro Flávio Dino | Câmara dos Deputados
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quarta-feira (16) que vai enviar à Polícia Federal um ofício pedindo investigação preliminar sobre o apagão que atingiu consumidores de 25 estados e do Distrito Federal na terça-feira (15). No Piauí, mais de 1,2 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica. 

Leia Mais

Dino acrescentou que peritos vão ser designados para apurar os fatos relatados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante coletiva nesta terça-feira (15), ele disse que solicitaria à PF e a Agência Brasileira de Informações (Abin) para apurar eventual ação intencional no episódio.  A partir desta investigação, a PF vai decidir se será instaurado um inquérito policial. 

Segundo o Ministério de Minas e Energia, 29 milhões de consumidores no DF e em todos os estados foram atingidos pelo apagão, com exceção de Roraima já que não é conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), no qual a ocorreu o incidente. O fornecimento de energia elétrica foi restabelecido cerca de 8 horas após o apagão. 

Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), declarou nesta terça-feira (15) que evidências até agora reunidas pelo órgão indicam que uma flutuação de frequência na rede elétrica do estado do Ceará pode ter sido a responsável pelo apagão. 

Coletiva de ministro 

Em coletiva de imprensa, o Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o apagão é um evento raro, que só ocorreria com a coincidência de dois fatores concomitantes. Segundo ele, o que  aconteceu nesta terça foi algo muito incomum e ressaltou que não tem absolutamente nada a ver com o planejamento do sistema e a geração de energia.

O ministro explicou, durante coletiva, que um dos incidentes aconteceu no Ceará devido a uma sobrecarga na transmissão, o que levou ao colapso do sistema na região. A linha de transmissão é privada, e Silveira mencionou que é prematuro divulgar o nome do proprietário e também não conseguiu determinar onde teria ocorrido o segundo problema nem a sua causa e que os órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)  teriam até 48 horas para divulgar as primeiras análises. 

"O Operador Nacional do Sistema (ONS) ainda não identificou outro evento. No entanto, a robustez do sistema sugere que deve ter ocorrido outro incidente de grande escala que provocou essa situação", declarou. O ministro também enfatizou que, por precaução após os atentados anteriores neste ano, ordenou que órgãos de investigação conduzissem uma avaliação detalhada para descartar o risco de sabotagem.  

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES