Não houve progresso para se chegar a um cessar-fogo no encontro que aconteceu entre os ministros de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e Rússia, Sergei Lavrov, disse o ucraniano.
Kuleba afirmou que não foi fácil ouvir Lavrov durante o encontro, e que a Ucrânia não vai se render, e que a lista de demandas do russo é, na prática, uma exigência de rendição.
Para ele, a narrativa do russo é que eles vão seguir com as agressões até que a Ucrânia atenda essas demandas.
Segundo o ucraniano, o russo seguiu com a retórica tradicional durante o encontro que os dois tiveram na Turquia nesta quinta-feira (10).
Ele afirmou que a situação mais difícil no momento é em Mariupol, no sul do país. Segundo Kuleba, ele pediu um corredor humanitário na cidade, mas Lavrov não se comprometeu.
Kuleba disse que está pronto para outros encontros nesse formato.
Ucrânia pede acesso para reconectar Chernobyl à rede de energia
O governo da Ucrânia pediu às forças russas um acesso para reconectar a usina de Chernobyl à rede de energia —os reatores não funcionam, mas para que não haja acidentes com o material radioativo, é preciso resfriar o complexo.
Por enquanto, Chernobyl está sendo resfriada com motores que funcional com diesel.
O vice-prefeito de Mariupol, Sergei Orlov, afirmou que três pessoas, sendo uma delas uma criança, morreram no hospital infantil e maternidade da cidade, que, segundo os ucranianos, foi bombardeado na quinta-feira pela Rússia.
Pelo menos outras 17 pessoas ficaram feridas, entre elas uma mulher grávida.
“Eu estou absolutamente certa de que eles sabem [que lá funcionava] essa instalação [o hospital], e que estão destruindo essa cidade”, disse Orlov à BBC, do Reino Unido.
Segundo ele, 300 leitos que estavam destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19 foram destruídos, além de um centro de coleta de sangue.