O grupo terrorista Hamas, que invadiu o território de Israel e matou centenas de civis e militares no último sábado (07), aproveitou que as autoridades israelenses estavam desprevenidas e se infiltrou nas bases militares, partindo para o ataque em seguida. É o que explicou o brasileiro Samuel Ben Zikri, que vive em Rishon Lezion.
À Rede Meio Norte, Samuel Zikri, guia brasileiro que mora em Israel, comentou sobre a logística do ataque feito pelo Hamas. Segundo ele, os israelenses foram pegos desprevenidos, isso porque, uma das justificativas, é que Israel tem “excesso de confiança”, e que por esse motivo “houve um desleixo do próprio exército que não se programaram”.
“Na verdade, a gente confia muito no exército de Israel e eu acho que por esse excesso de confiança houve um desleixo do próprio exército onde não se programaram: a inteligência falhou. Como vocês puderam ver, os terroristas invadiram bases militares, roubaram equipamentos bélicos, inclusive roupas. Eles se fantasiaram de exército de Israel para praticar atos terroristas", disse Samuel Zikri à Rede Meio Norte.
Complementado o que o brasileiro explicou, uma fonte de Inteligência do Cairo, citada pela agência de notícias Associated Press, afirmou que o Egito havia alertado o governo israelense, há 10 dias antes do ataque, de que "algo grande" estava sendo planejado pelo grupo terrorista Hamas.
De acordo com o oficial de inteligência egípcio, que não teve o nome divulgado por não ter autorização para discutir o tema, o Cairo informou autoridades do gabinete de Benjamin Netanyahu, mas o alerta foi ignorado. Segundo ele, as atenções das autoridades israelenses estavam voltadas para a Cisjordânia, onde ocorreram os confrontos mais recentes entre extremistas palestinos e forças de segurança de Israel.
MÃE, FILHOS E IDOSOS SEQUESTRADOS
Samuel Zikri, em entrevista à Rede Meio Norte no sábado, também comentou que, na ocasião, os terroristas estavam “levando mães, filhos, idosos e pessoas reféns para Gaza”.