A Argentina assumiu a posição de país com a maior inflação em 2023, superando o Líbano, que ocupava o primeiro lugar. A taxa anual de inflação na Argentina atingiu 211,4%, divulgada desde 11 de janeiro, enquanto a inflação libanesa, revelada na última segunda-feira(22), ficou em 192,3%. Com essa diferença de quase 20 pontos percentuais, a Argentina ultrapassou o Líbano.
O presidente argentino, Javier Milei, eleito no ano passado com a promessa de combater a inflação crônica, alertou sobre a piora nos primeiros meses do seu governo devido a medidas rigorosas. Em dezembro, a inflação mensal atingiu 25,5%, a mais alta em três décadas. As iniciativas do governo, como a desvalorização do peso e a redução de subsídios, impactam os preços, com analistas prevendo possível aumento em janeiro.
O governo afirma que, após um choque inicial, os preços devem diminuir, enquanto a população enfrenta condições de vida deterioradas. Nesta quarta-feira (24), iniciou-se a primeira paralisação geral contra as medidas econômicas adotadas pelo governo Milei, marcada por uma marcha em direção ao prédio do Congresso, em Buenos Aires. Sob a consigna "o país não está à venda", a mobilização foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, a partir do meio-dia, com previsão de duração de 12 horas. A Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), a segunda maior central sindical, e setores do peronismo também aderiram à paralisação.