O Hamas está disposto a mudar sua exigência de que Israel concorde com um cessar-fogo permanente antes de assinar um acordo para uma trégua temporária e troca de reféns e prisioneiros palestinos. Enquanto as negociações continuam, os ataques em Gaza seguem: Israel bombardeou uma escola no sábado, matando 16 pessoas. Em Tel Aviv, israelenses protestam, pedindo ao governo que faça mais para libertar os reféns.
Essa mudança de posição do Hamas pode facilitar um acordo, anteriormente travado por divergências. Recentemente, autoridades de Israel e Hamas se reuniram em Doha com mediação de Catar, EUA e Egito. O chefe do Mossad, David Barnea, participou das reuniões após o Hamas apresentar novas ideias para um cessar-fogo. Israel admitiu diferenças nas negociações, mas afirmou que continuaria as discussões.
O Hamas, que governou Gaza desde 2007, aceitou discutir um cessar-fogo total apenas na primeira fase do acordo, que poderia durar pelo menos seis semanas. Durante essa trégua temporária, haveria entrega de ajuda humanitária e retirada de tropas israelenses. As negociações sobre a libertação de reféns israelenses começariam no máximo 16 dias após o início da primeira fase.
Apesar de uma pausa de uma semana em novembro, os combates em Gaza persistem. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste na continuidade do conflito até a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns, enfrentando pressões internas e externas para chegar a um acordo.