Nesta segunda-feira (19), o governo de Israel anunciou que considera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma "persona non grata" no país. A decisão foi tomada em resposta às declarações recentes do presidente brasileiro, que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressou a posição do governo em suas redes sociais, afirmando: "Não perdoaremos e não esqueceremos - informei ao Presidente Lula que ele é uma persona non grata em Israel até que peça desculpas e se retrate". Katz também destacou que a comparação feita por Lula é considerada um "grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto".
As declarações polêmicas de Lula foram proferidas durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana e reuniões bilaterais com líderes africanos. O presidente brasileiro comparou as ações israelenses na Faixa de Gaza a um "genocídio" e uma "chacina", fazendo uma analogia com os crimes cometidos pelos nazistas liderados por Adolf Hitler.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou a afirmação de Lula como uma banalização do Holocausto, declarando em uma rede social: "Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é ultrapassar uma linha vermelha. Israel luta por sua defesa e garantia do seu futuro até a vitória completa".
Além disso, Netanyahu anunciou a convocação do embaixador do Brasil para uma reunião sobre as declarações de Lula, ressaltando a gravidade das afirmações do presidente brasileiro. A comunidade israelita no Brasil, representada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), também repudiou as declarações de Lula, classificando-as como "distorção perversa da realidade".
As tensões diplomáticas aumentam após a decisão do governo israelense, enquanto a comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dessa situação delicada.
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