Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15), após intensas negociações mediadas por autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, segundo fontes do governo americano. A informação foi divulgada em meio a um cenário de incertezas sobre o desfecho das discussões. No entanto, ainda pairavam dúvidas sobre a aceitação formal do acordo por parte do grupo extremista palestino, que desempenha um papel central no conflito.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou o avanço em seu perfil na rede Truth Social, afirmando que o acordo havia sido aprovado e que a libertação dos reféns ocorreria em breve. O anúncio gerou expectativas, com a confirmação oficial aguardada durante uma coletiva de imprensa do ministro das Relações Exteriores do Catar, programada para o mesmo dia.
tensões diplomáticas
Fontes da Reuters apontaram que o Hamas deu aprovação verbal ao cessar-fogo e à troca de reféns proposta pelos mediadores, enquanto aguardava detalhes para formalizar sua decisão. Em contrapartida, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou que o grupo extremista tivesse aceitado o acordo, ressaltando que ainda não havia uma resposta oficial. Apesar disso, relatos da Al Jazeera indicavam que o Hamas já havia comunicado sua aprovação aos mediadores, mostrando o desenrolar das tensões diplomáticas.
apoio da Jihad Islâmica
Além disso, a agência AFP relatou que a trégua recebeu o apoio da Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas, reforçando a viabilidade do acordo. Contudo, a Associated Press trouxe uma perspectiva contrastante, mencionando que um oficial do Hamas afirmou que as negociações continuavam e que a proposta israelense havia sido rejeitada, evidenciando o caráter fluido e complexo das tratativas.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, mostrou otimismo em entrevista à CNN, indicando que o acordo poderia ser implementado em poucas horas. Enquanto isso, em Israel, o ministro Gideon Saar encurtou uma viagem diplomática para participar das votações de segurança relacionadas ao progresso das negociações. As tratativas destacam a delicadeza do processo e o esforço coletivo das partes envolvidas para alcançar um cessar-fogo duradouro.