Javier Milei anuncia Luis Caputo como novo ministro da Economia da Argentina

O novo ministro enfrentará o déficit fiscal, buscando equilibrar as contas públicas argentinas e a taxa básica de juros argentina

Javier Milei e Luis Caputo | Reprodução
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Na manhã desta quarta-feira (29), Javier Milei, presidente ultraliberal eleito, confirmou em uma entrevista à rádio argentina Continental que o novo ministro da Economia será Luis Caputo. A revelação aconteceu após o retorno de Milei de sua primeira viagem internacional como chefe de Estado, uma visita aos Estados Unidos.

Luis Caputo, que já ocupou o cargo de ministro da Economia e presidente do Banco Central (BC) durante o mandato do ex-presidente Mauricio Macri, é conhecido por suas sólidas conexões com o cenário econômico do país.

"Ao retornar de minha primeira viagem como presidente eleito, posso confirmar que o ministro da Economia será Luis Caputo", afirmou Milei em entrevista à rádio Continental. Caputo acompanhou Milei em sua viagem aos Estados Unidos e permanece em Washington para encontros, incluindo reuniões com o Fundo Monetário Internacional.

A nomeação de Caputo para a pasta da Economia ocorre em um momento desafiador para a Argentina, que enfrenta uma crise econômica acentuada, evidenciada por uma inflação que ultrapassa 140% nos últimos 12 meses. Além disso, o novo ministro poderá ter a responsabilidade de conduzir um eventual plano de dolarização da economia, caso Milei decida prosseguir com essa proposta. No entanto, analistas indicam que a chegada de Caputo ao governo de Milei pode resultar no cancelamento ou adiamento desse plano de substituição do peso pelo dólar.

Uma das prioridades atribuídas a Caputo pelo presidente eleito é enfrentar o déficit fiscal, buscando equilibrar as contas públicas argentinas. Milei destacou a importância de abordar questões como a taxa básica de juros argentina, conhecida como Leliq, que atinge mais de 130% ao ano, em comparação com a taxa Selic brasileira, que está em 12,25%.

Questionado sobre a autonomia de Caputo em sua gestão, Milei respondeu que o equilíbrio fiscal é uma questão "não negociável", ressaltando a importância de enfrentar desafios econômicos cruciais para o país.

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