Neste último domingo (10), Javier Milei foi oficialmente empossado como presidente da Argentina e imediatamente assinou seu primeiro decreto, reduzindo o número de ministérios do país pela metade, de dezoito para nove. O governo ultraliberal liderado por Milei terá pastas como Interior, Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto, Defesa, Economia, Infraestrutura, Justiça, Segurança, Saúde e Capital Humano.
Na oportunidade, Milei destacou que essa medida é o primeiro passo para conter os gastos públicos, uma das principais prioridades enfatizadas durante seu discurso no domingo. Ele argumentou que a solução para os desafios econômicos do país passa por um ajuste no setor público, que recairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.
O presidente recém-empossado reconheceu que, no curto prazo, a situação pode se agravar antes de apresentar melhorias com a implementação de medidas eficazes, enfatizando a falta de recursos do governo. Ele alertou para os impactos negativos previstos na atividade econômica, emprego e no aumento da pobreza e indigência. Milei prevê um período de estagflação, uma combinação de estagnação econômica e inflação alta, mas destacou que será uma realidade distinta dos últimos 12 anos.
Apesar dos desafios que vai enfrentar em sua administração, Milei expressou a convicção de que esse é o último amargo necessário para iniciar a reconstrução da Argentina. Ele reconheceu a complexidade da tarefa, mencionando que cem anos de fracasso não serão revertidos de imediato, mas sublinhou que é o início desse processo. O discurso, realizado nas escadarias do Congresso, representou uma quebra de protocolo, já que tradicionalmente ocorre dentro do parlamento.