A Ucrânia fechou seu espaço aéreo para voos civis nesta quinta-feira (24) depois que a Rússia lançou uma invasão terrestre, marítima e aérea após o regulador de aviação da Europa alertou sobre os perigos de voar em regiões fronteiriças.
No sudoeste da Ucrânia, a Moldávia também fechou seu espaço aéreo, enquanto a Bielorrússia, ao norte, disse que voos civis não podiam mais sobrevoar parte de seu território depois que o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou a operação militar. A Empresa de Serviços de Tráfego Aéreo do Estado da Ucrânia disse em seu site que o espaço aéreo do país foi fechado para voos civis a partir de 0045 GMT na quinta-feira. Os serviços de tráfego aéreo foram suspensos.
A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) divulgou que o espaço aéreo na Rússia e na Bielorrússia dentro de 100 milhas náuticas de suas fronteiras com a Ucrânia também pode representar riscos de segurança. "Em particular, existe o risco de direcionamento intencional e identificação errônea de aeronaves civis", disse a agência em um boletim da zona de conflito.
“A presença e o possível uso de uma ampla gama de sistemas de guerra terrestres e aéreos representam um alto risco para voos civis operando em todas as altitudes e níveis de voo”. A indústria da aviação tomou conhecimento dos riscos que os conflitos representam para a aviação civil desde que o voo MH17 da Malaysia Airlines foi abatido sobre o leste da Ucrânia em 2014, quando os combates na região começaram.
Sites, que antes da escalada mostravam voos de coleta de inteligência sobre ou perto da Ucrânia, enquanto o Ocidente demonstrava apoio ao transmitir sinais detectáveis nas últimas semanas, mostraram espaço vazio na quinta-feira quando as aeronaves partiram e a Ucrânia foi declarada uma zona de conflito.