“Motorista gritou para pular antes de ônibus cair”, diz sobrevivente

Veículo que saiu de Alagoas com destino a São Paulo despencou de viaduto de cerca de 23 metros em João Monlevade nesta sexta (4).

Cicero | Reprodução
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'Graças a Deus pulei e estou aqui com vida. Antes de cair, eu consegui pular". As palavras de alívio são de Cícero Lima, um dos sobreviventes do acidente envolvendo um ônibus que caiu de um viaduto em João Monlevade, Minas Gerais, na tarde desta sexta (4). Até o momento, foram confirmadas 18 mortes e 27 feridos, segundo o Corpo de Bombeiros.

Por volta das 13h30, o ônibus bateu em um caminhão no km 350 da BR-381, na localidade conhecida como "Ponte Torta", perto da entrada de João Silvério. Segundo Cícero, o veículo estava em alta velocidade quando se chocou e voltou de ré até despencar de uma altura de cerca de 23 metros.

Cícero Lima, sobrevivente do acidente - Foto: Reprodução

"Percebi que tinha algo de errado, que vinha em alta velocidade, aí fiquei em movimento e em alerta. Acho que ele já vinha sem freio, desgovernado. Foi quando ele bateu, pegou o retrovisor de um caminhão quase subindo a ponte e voltou de ré. Aí pularam uns na minha frente e eu também consegui graças a Deus", relatou, ainda assustado.

Segundo Cícero, o motorista abriu a porta e gritou para que os passageiros saltassem após alertar que o freio havia falhado. Ele também pulou e fugiu logo em seguida.

Ônibus caiu de ponte e deixou 16 mortos e 27 feridos

"O Motorista gritou: 'pula que o ônibus faltou freio'. Pularam umas duas pessoas, ele ainda ficou no volante e depois ele pulou. Aí pularam mais umas pessoas depois. Comigo, acho que foram umas oito", disse.

Quem também saltou foi Eliane Guerra. Em rápido contato com a reportagem, ela afirmou que só percebeu algo errado quando o ônibus deu ré e não hesitou em pular.

"Eu não percebi que o ônibus estava caindo. O ônibus estava andando rápido, aí o motorista avisou que estava sem freio. Quando chegou na ponte, a velocidade abaixou um pouco. Eu só percebi que havia algo errado quando o ônibus começou a andar para trás. O motorista abriu a porta, e eu pulei. Eu e algumas pessoas conseguimos pular ali no asfalto mesmo, antes de cair de cima da ponte. Estou sem carregador, sem nada. Ficou tudo no ônibus", disse.

Eliane Guerra também conseguiu pular do ônibus - Foto: Reprodução

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