OMS aprova ação que eleva saúde indígena ao nível de prioridade global

Essa estratégia global permitirá a troca de experiências entre as nações que assinarem o acordo

OMS aprova ação que eleva saúde indígena ao nível de prioridade global | Tomaz Silva/Agência Brasil
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou de forma unânime, nesta segunda-feira (29), em Genebra, Suíça, uma resolução apresentada pelo Brasil com o objetivo de assegurar um acesso igualitário e abrangente à saúde para populações indígenas em todo o mundo. Durante a 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), a OMS comprometeu-se a criar um plano global de saúde indígena, colocando essa questão como prioridade em sua agenda, conforme proposto pelo Brasil. Essa estratégia global permitirá a troca de experiências entre as nações que assinarem o acordo.

Weibe Tapeba, secretário de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, comemorou a aprovação unânime, via rede social. “Vitória indígena. Um momento histórico de avanço, de um novo tempo de inclusão dos povos indígenas e seus direitos a nível mundial”, disse ele. Weibe ainda pediu aos demais países para copatrocinem o documento.  

No sábado (27), o Brasil apresentou uma resolução pioneira em Genebra, que foi votada e aprovada nesta segunda-feira. O texto recebeu apoio de outros 13 países, incluindo Austrália, Bolívia, Canadá, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru e Estados Unidos, além da União Europeia.

As adesões à resolução ocorreram a partir de negociações da diplomacia brasileira com outras delegações, desde a semana passada, como destacado pela ministra da Saúde Nísia Trindade, na última quarta-feira (24). “Foi um trabalho realizado em conjunto para chegarmos até a possibilidade de uma votação” [ocorrida nesta segunda-feira].  

É a primeira vez que a OMS adota uma resolução específica sobre a saúde dos povos indígenas. O secretário de Saúde Indígena (Sesai) destacou a importância da decisão. “É simbólico para a OMS, em seus 75 anos de história, aprovar uma resolução que determina a elaboração de um Plano Global da OMS, encoraja os demais países a desenvolverem planos nacionais e a buscarem estratégias que possam assegurar o acesso à saúde dos povos indígenas, respeitando o direito à consulta e fortalecendo a participação social na construção de ações, programas e políticas voltadas a essas populações”, explicou.

(Com informações da Agência Brasil)

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