José de Deus Carvalho Nunes, 67 anos, sofria de problemas de saúde nos rins, sem gravidade, quando, em abril de 2020, no início da pandemia, contraiu Covid-19.
Logo após, surgiram complicações da doença que geraram insuficiência renal, segundo o médico nefrologista que acompanhou o paciente, Dr. Avelar Alves. A partir do diagnóstico, José passou a fazer tratamento de hemodiálise, o que já vinha acontecendo por mais de um ano e meio.
A família, orientada por equipe multidisciplinar, aceitou iniciar os procedimentos para um transplante intervivos, que é quando um indivíduo vivo, geralmente familiar compatível até 4º grau, doa um órgão, como um rim, ou parte dele, no caso do fígado ou pulmão, a um paciente cujas possibilidades de tratamento já estejam muito reduzidas.
Dielson Santos Carvalho, 40 anos, profissional autônomo, é um dos filhos de José e foi o doador. Seus dois irmãos foram compativeis também, no entanto, Dielson fez questão de ajudar o pai.
“Os dois rins pararam de funcionar, aí o médico disse que ele tinha a opção do transplante. E como eu fiquei muito sentido com o que aconteceu com ele, eu disse: ‘Pai, se for para fazer o transplante, eu vou ser seu doador’, porque ele é um pai maravilhoso para mim”.
O transplante, considerado um procedimento de alta complexidade, foi realizado na última quarta-feira, dia 17, no Hospital Unimed Primavera. José recebeu alta na terça, 23, e se encontra bem.