Neste sábado (20), o Papa Francisco enviou uma mensagem ao bispo de Hiroshima, Alexis Mitsuru Shirahama, na qual exorta os líderes do G7, que estão atualmente reunidos na cidade japonesa, a declararem firmemente a inadequação das armas nucleares como resposta eficaz às grandes ameaças à paz, bem como para garantir a segurança tanto a nível nacional quanto internacional.
Além disso, o Papa Francisco ressaltou que Hiroshima, cidade que foi alvo de uma bomba nuclear durante a Segunda Guerra Mundial, é um "símbolo vivo da memória" da devastação que esse tipo de armamento pode causar.
"A cúpula do G7 em Hiroshima deve dar uma prova de uma visão de longo prazo em criar os fundamentos para uma paz duradoura e para uma segurança estável e sustentável. Basta considerar o impacto humanitário e ambiental catastrófico que resultaria do uso de armas nucleares, bem como o desperdício de recursos humanos e econômicos que pede sua produção", diz ainda.
Dizendo que possuir esse tipo de armamento para a segurança "é uma ilusão", Francisco pontuou que não deve ser "subavaliado" o impacto dos "efeitos do persistente clima de medo e suspeição gerado só por ter elas, que compromete o crescimento de um clima de confiança recíproca e de diálogo".
O Papa ainda lembrou da visita que fez ao Memorial pelas Vítimas em Hiroshima, em 2019, e cobrou que os líderes mundiais reflitam mais sobre o tema. A fala do líder católico ocorre em um momento que, por mais de uma vez, aliados do governo russo ameaçam com o uso de armas nucleares contra a Ucrânia.
(Com informações do Portal iG e Vatican News)