Setut diz que sem ajuda da Prefeitura, sistema pode entrar em colapso

Diretor afirma que contrato garante repasses como subsídios para reparar danos da pandemia.

Setut diz que sem ajuda financeira da Prefeitura, sistema pode parar | Reprodução
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O transporte público de Teresina segue enfrentando dificuldades relacionadas ao financiamento, incentivo fiscal e obrigações contratuais. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirma que os repasses mensais, que devem ser feitos por parte da Prefeitura Municipal, não estão sendo efetivados. Enquanto isso, Motoristas e cobradores entram no quarto dia de greve nesta quinta-feira (11).

Em entrevista ao MeioNorte.com, o Diretor do Setut, Vinicius Rufino, relata que desde o mês de janeiro os repasses não foram realizados, pois a Prefeitura questiona a legalidade das transações. O diretor afirma que o contrato garante que esses repasses devem servir como subsídios para reparar os danos que a pandemia deixou no sistema, como garantia do equilíbrio econômico.

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Foto - Raíssa Morais/ Jornal Meio Norte 

Uma planilha da Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes (GEIPOT) mostra que, em 2020, a operação do sistema de transporte urbano de Teresina custou um total de R$ 125.723.917,13, mas só arrecadou R$ 85.385.197,52. Os dados representam um déficit de R$ 40.338.719,61.

Vinicius Rufino diz que, devido ao grande desequilíbrio entre os custos de operações e à redução no número de passageiros transportados, o sistema pode entrar em colapso. "Se não houver os repasses adequados, o sistema vai se atropelar, pois o que se arrecada não é suficiente nem para os custos, nem para os salários", explica.

Em nota, o Setut afirma que segue em busca de uma negociação efetiva e uma melhor alternativa para um acordo com a categoria dos trabalhadores.

Confira a nota:

O Setut esclarece que, no momento, não há possibilidade de cumprimento total dos termos vigentes na convenção coletiva de 2019, devido ao déficit financeiro pelo qual o sistema passa e a falta de repasses previstos no contrato de concessão, descumpridos pela gestão municipal, que são essenciais para o funcionamento eficaz do sistema de transporte público. A entidade reitera que está em busca, prioritariamente, da manutenção dos postos de trabalho e consequente sobrevivência do sistema. O sindicato  segue em busca de uma negociação efetiva e uma melhor alternativa para um acordo com a categoria dos trabalhadores, a fim de que o movimento grevista seja interrompido.

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