O número de mortes causadas pela chuva, em Alagoas, subiu para 29. Segundo o major Sandro Cavalcante, chefe da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, três corpos foram localizados em Branquinha, na manhã desta terça-feira (22). As vítimas morreram afogadas.
O estado contabiliza estragos causados por enchentes e deslizamentos desde o fim da semana passada. No total, 177 mil pessoas foram atingidas. Pelo menos 15 municípios estão em situação de calamidade pública.
São Paulo e Rio Grande do Sul já enviaram para Alagoas alimentos, colchões, cobertores, medicamentos e produtos de higiene que devem ser distribuídos para as famílias prejudicadas. O problema é que voltou a chover no estado e isso pode prejudicar a distribuição de donativos. Cavalcante disse ao G1 que os produtos estão sendo enviados às regiões afetadas em aeronaves. O mau tempo pode atrapalhar as viagens aéreas.
Uma das prioridades da força-tarefa montada para atender os municípios que registram alagamentos é montar o hospital de campanha de Santana de Mundaú. A expectativa é que a estrutura comece a funcionar ainda nesta terça. Na segunda, o governo alagoano anunciou que devem ser montadas duas unidades de saúde desse tipo. A outra deve funcionar em Jacuípe.
Na noite de segunda (21), a Defesa Civil estadual informou que 607 pessoas estavam desaparecidas. Cavalcante afirmou que esse número é "flutuante" e pode mudar bastante de um dia para o outro. As cidades estão realizando novos levantamentos. Bombeiros de Sergipe devem participar das buscas aos desaparecidos. Eles devem usar três cães farejadores nos trabalhos.
Pernambuco
A situação também é crítica em Pernambuco. De acordo com a coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), 54 municípios registraram estragos causados pela chuva. Trinta estão em situação de emergência e nove decretaram calamidade pública. Doze pessoas morreram. Mais de 40 mil tiveram de deixar suas casas.
A Codecipe informa ainda que foram distribuídas mais de 243 mil toneladas de donativos nos municípios prejudicados. Por dia, cerca de 15 caminhões viajam até essas regiões para entregar material para as famílias prejudicadas.