Os passageiros do voo 1282 do Boeing 737-900 MAX, da companhia americana Alaska Airlines viveram um momento de terror depois que a porta da aeronave se abriu durante o trajeto nesta sexta-feira (5). Segundo as testemunhas, o episódio foi registrado momentos depois da decolagem.
O avião tinha como destino Ontário, na Califórnia e o pouso de emergência ocorreu por volta das 17h26(22h26 em Brasília). Fotos e vídeos postados por passageiros nas redes sociais mostram uma porta traseira do avião --que não estava em uso-- aberta em pleno voo. Havia um assento ao lado da porta; ninguém estava sentado nele.
A aeronave transportava 171 passageiros e seis tripulantes, conforme informado pela Alaska Airlines. O avião sofreu despressurização rápida, acionando as máscaras de oxigênio para auxiliar os passageiros na respiração. Diante do ocorrido, a tripulação realizou uma descida de emergência, retornando com segurança ao Aeroporto de Portland, onde aterrissou.
Os dados do FlightRadar24 indicam que o Boeing 737-900 Max estava em ascensão, a uma altitude de 4.975 metros, quando precisou retornar, bem abaixo da altitude de cruzeiro típica, que é de aproximadamente 11 mil metros. A porta que se abriu não era uma saída de emergência usada pela Alaska Airlines, e, por não estar em uso, não estava sinalizada como tal. Isso explica relatos de alguns passageiros sobre a fuselagem ou a parede da aeronave se abrindo em pleno voo.
A porta extra está presente em todos os Boeing 737-9 Max para atender aos requisitos de evacuação em companhias aéreas que adotam a configuração máxima de assentos neste modelo (193, de acordo com a Boeing). No entanto, a Alaska Airlines utiliza a configuração mínima de 178 passageiros em seus Boeing 737-900 Max, conforme informado em seu site. A empresa está investigando o incidente ocorrido no voo 1282.
Por meio de nota a Portland manifestou-se e afirmou que os passageiros e funcionários pousarem em segurança.
"A aeronave pousou em segurança de volta a Portland (...) A segurança dos nossos passageiros e funcionários é sempre nossa prioridade, por isso, embora este tipo de ocorrência seja raro, a nossa tripulação de voo foi treinada e preparada para gerenciar a situação com segurança. Estamos investigando o que aconteceu", diz trecho de nota.
A Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA) divulgou que a tripulação relatou um problema de pressurização, e, em conjunto com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), investigará o incidente. A fabricante do Boeing 737-900 Max, a Boeing, declarou seu apoio à investigação conduzida pelas autoridades americanas e afirmou estar "trabalhando para coletar mais informações".
Como medida preventiva, a companhia aérea anunciou a retirada temporária de todos os seus 65 aviões do mesmo modelo de operação para realizar inspeções.