Alepi vai analisar vetos do Governo a Política Estadual de Uso da Cannabis

O Governo do Estado vetou artigos que tratavam a distribuição de medicamentos à base da planta pelo SUS

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O Poder Executivo enviou à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) a Mensagem 97, vetando parcialmente o Projeto de Lei 1/2022do deputado Ziza Carvalho (MDB), que dispõe sobre o incentivo à pesquisa científica com cannabis para uso medicinal no Piauí e sobre a Política Estadual de uso da cannabis para fins medicinais. A mensagem foi lida na sessão plenária desta segunda-feira (26) e segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Foram vetados artigos que dispunham sobre a distribuição gratuita de medicamentos à base da planta nas unidades de saúde. "Quanto ao direito de receber gratuitamente do Poder Público medicamentos à base de cannabis medicinal, ressalto que compete ao Sistema Único de Saúde - SUS, conforme disposto no art. 200 da Constituição Federal, garantir o acesso aos medicamentos e outros insumos de saúde necessários através da Política Nacional de Medicamentos", afirma a mensagem do governador Rafael Fonteles.

A Lei 8.085/23 foi sancionada, contudo, quatro artigos foram vetados. Essa lei estabelece as diretrizes para promover o estímulo à pesquisa e à produção de evidências científicas relacionadas ao uso medicinal da cannabis. Além disso, ela também regulamenta o cultivo da cannabis medicinal nos casos permitidos pela legislação federal e pela Justiça.

Projetos - Durante a sessão, foram lidos dois projetos de lei. O Projeto 131/23 dispõe sobre a notificação compulsória, por parte dos hospitais, maternidades, clínicas médicas e congêneres, sobre o nascimento de crianças com fissura labiopalatal no Piauí. Conforme o autor da proposta, deputado Wilson Brandão (Progressistas), a iniciativa visa garantir orientação precoce aos pais em relação aos tratamentos oferecidos para a correção da deformidade.

A deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas) é autora do Projeto de Lei 132/23, que institui o Programa de Cirurgias Reparadoras para alunos da rede pública e privada de ensino que estão sofrendo bullying por questões estéticas. Caso seja aprovado e sancionado, serão oferecidas cirurgias de otoplastia, ginecomastia, mamoplastia, além de procedimentos para correção de estrabismo e cicatrizes profundas aos jovens vítimas de bullying que registrarem boletins de ocorrência.

(Com informações da Alepi)

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