Caso cajus: Polícia Científica esclarece motivo da demora no laudo sobre envenenamento

O laudo oficial, que levou mais de quatro meses para ser concluído, mostrou que os irmãos não foram envenenados pelos cajus.

Irmãos envenenados | Reprodução
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O Departamento de Polícia Científica do Piauí emitiu uma nota nesta quarta-feira (15), explicando o motivo da demora na divulgação do resultado na perícia feita nos cajus, envolvidos no caso de envenenamento e morte dos irmãos na cidade de Parnaíba, registrada em agosto de 2023.

O laudo oficial, que levou mais de quatro meses para ser concluído, mostrou que os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos e João Miguel da Silva, de 7 anos, não foram envenenados pelos cajus. Por conta disso, Lucélia Maria da Conceição, vizinha das crianças, que havia sido presa sob suspeita de envenenar os meninos, foi colocada em liberdade no último dia 13 de janeiro.

De acordo com o comunicado, a demora na conclusão da perícia foi causada pelo atraso na chegada dos reagentes necessários, que só aconteceu em dezembro. O laboratório de toxicologia do Instituto Médico Legal (IML), só foi inaugurado em setembro do ano passado, o que também foi um fator para o atraso.

Ainda segundo a nota, no caso das famílias envenenadas em Parnaíba, a polícia pediu 15 exames para elucidar as circunstâncias dos envenenamentos. 

Confira a nota completa: 

Caso dos envenenamentos em Parnaíba 

Ao longo de muitos anos, sempre foi difícil se conseguir fazer os exames toxicológicos forenses necessários para os crimes ocorridos no Piauí; mesmo com toda boa vontade, os demais estados não têm como receber em curto espaço de tempo uma quantidade de 15 exames como no presente caso ocorrido em Parnaíba; e quando se recebe é dois ou três casos após uma espera de vários meses; ora, devido à quantidade que se tinha pra fazer no presente caso, seria mais lógico se aguardar a chegada dos reagentes já comprados e fazer em Teresina, o que de fato foi feito. 

O laboratório iniciou seu funcionamento em setembro e desde então, houve viagem dos peritos para treinamentos em vários Estados da federação, sendo o último o Espírito Santo; também houve treinamentos em Teresina por técnicos das empresas; além disso, se aguardou a chegada de vários reagentes comprados que chegaram em épocas diferentes sendo que os que possibilitaram fazer as perícias no estômago chegaram primeiro, motivo pelo qual foram feitas naquele momento; o reagente que possibilitou fazer os últimos exames só chegou no final de dezembro, motivo pelo qual ficou pronto no começo de janeiro; pari passu, também tivemos desenvolvimento e implementação de métodos de análises toxicológicas. 

É um laboratório novo, recém-inaugurado, e cujos peritos estão fazendo todo o esforço pra dar conta das demandas: quase todos os dias estão saindo mais de meia noite do mesmo. 

A Polícia Científica piauiense tem feito o que é possível para colaborar na resolução desse caso dos envenenamentos, conforme rezam os métodos científicos forenses. 

LABORATÓRIO DE TOXICOLOGIA FORENSE DO IML
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIENTÍFICA

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