DHPP prende acusado de matar e queimar adolescente em tribunal do crime

A prisão de 'Fantasmão' ocorreu durante uma abordagem da Polícia Militar na última quinta-feira (08).

Antônio de Deus Pereira Neto, conhecido como "Fantasmão", acusado de ter assassinado o adolescente. | Secretaria de Segurança Pública
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O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPPrealizou o cumprimento de um mandado de prisão contra um homem identificado como Antônio de Deus Pereira Neto, conhecido como "Fantasmão". Ele é acusado de cometer um crime brutal, envolvendo o assassinato e a queima do corpo do adolescente Ryan Willian Rocha da Silva, de apenas 17 anos, no Tribunal do Crime.

Ryan Willian Rocha da Silva 


A prisão de 'Fantasmão' ocorreu durante uma abordagem da Polícia Militar na última quinta-feira (08), na qual ele foi encontrado em posse de uma pistola.380. Segundo as informações fornecidas pelo DHPP, Fantasmão é um dos principais suspeitos envolvidos na morte de Ryan Willian, que fazia parte do grupo conhecido como “Bonde dos 40” e foi vítima de um julgamento no Tribunal do crime. A motivação por trás do homicídio foi o fato de Ryan ter supostamente tirado a vida de uma pessoa sem a aprovação da facção criminosa.

Entenda o caso: 

Ryan Willian Rocha da Silva foi apontado como suspeito no assassinato de um homem em junho deste ano, também na zona Sul. Familiares haviam procurado o DHPP, para denunciar seu desaparecimento. Eles relataram que ele foi sequestrado na Vila Afegão, onde teria sido executado por membros de uma facção criminosa

Uma familiar, que preferiu preservar sua identidade, relatou que pelo menos 7 pessoas armadas em um veículo o sequestraram e ainda teriam o matado. Ela procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. A mãe explicou ainda que antes de desaparecer, Ryan Williams chegou a comentar com ela que estava sofrendo ameaças, recebendo até imagens de armas pelas redes sociais. 

“Ele disse assim: ‘Os caras estão me decretando, disse que vão me matar’; Eu disse para ele não sair de casa e não confiar em ninguém. Muita gente ia lá e queria dar e eu não deixava, eu chamava sempre a polícia e isso foi enraivando eles. Eles lá comentavam com eles, diziam que era para eu deixar punir ele, mas eu nunca deixava porque quem pariu foi eu, quem tinha que dar nele era eu, não eles”, pontua. 

Seguindo as investigações do caso, o delegado Danúbio Dias revelou informações sobre a morte do adolescente Ryan Willian. Segundo o delegado, após o desaparecimento de Ryan, a família começou a receber intimidações, ameaças e relatos perturbadores de que o jovem havia sido torturado e assassinado. A situação se tornou ainda mais terrível quando a família recebeu a chocante informação de que o corpo de Ryan não seria mais encontrado, sendo até mesmo enviada uma foto de uma fogueira, acompanhada da afirmação de que seu corpo havia sido queimado.

Cinco dias após os primeiros relatos, o corpo carbonizado de Ryan Willian foi finalmente localizado. O delegado Danúbio Dias detalhou que o corpo aparentemente foi colocado dentro de um tambor de plástico azul e submetido a um incêndio criminoso. Além de Antônio de Deus Pereira Neto, também está preso pelo mesmo crime Matheus Pierre. Segundo as investigações, depois de torturarem Ryan, ele foi levado a um local específico onde, supostamente, foi julgado pelo Bonde dos 40. Esse tribunal contou com a participação de outros indivíduos que, inclusive, possuem mandados de prisão em aberto.

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