FMS de Teresina lança calendário ecoepidemiológico combate ao mosquito Aedes aegypti

Durante as visitas domiciliares, os agentes vão apresentar ao morador o calendário, que conta com um checklist com novas estratégias de reconhecimento dos possíveis focos de mosquito naquela residência.

FMS de Teresina lança calendário ecoepidemiológico combate ao mosquito Aedes aegypti | Raissa Morais
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A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina lançou nesta sexta-feira (2) um Calendário Ecoepidemiológico dedicado ao combate ao Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, chikungunya e Zika. A plataforma, que será afixada nas residências, foi criada para ajudar com trabalho de campo dos agentes de endemias que atuam no combate do inseto.

Durante as visitas domiciliares, os agentes vão apresentar ao morador o calendário, que conta com um checklist com novas estratégias de reconhecimento dos possíveis focos de mosquito naquela residência. O objetivo é incentivar que o morador faça a conferência do seu imóvel de forma independente.

Ítalo Costa, presidente da FMS (Foto: Raissa Morais)

"Com 10 minutos por semana, ele poderá eliminar focos de dengue da sua residência e nós vamos avaliar semanalmente", afirmou Ítalo Costa, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina. "A gerência elaborou esse calendário para que as pessoas possam ajudar os agentes de endemias para que a gente não alcance os numerosos casos de dengue que outros municípios vêm registrando ao longo dos dias e meses no Brasil", frisou.

Para Élcio Leite, gerente do Centro de Zoonoses, a parceria implicará diretamente no trabalho do controle dos vetores de doenças que podem ser evitadas com a limpeza adequada de locais que podem virar criadouros de mosquitos. "Com a plataforma, um checklist coloca o território como alvo inicial de todas as ações em saúde. Transmite o que cada dono de imóvel deve fazer, algo que ao longo dos anos tem sido feito. Ele vira o multiplicador e passa a levar essa informação ao seu vizinho, para seu colega de trabalho e agora ele tem uma ferramenta em que ele mesmo pode fazer as anotações”, disse Élcio Leite.

Élcio Leite, gente do Centro de Zoonoses (Foto: Raissa Morais)

No calendário, todos os sábados do mês, o morador fica responsável pela limpeza de potenciais criadores de mosquito. Ele marca um "x" e elimina o criadouro, conforme explicou Élcio. Caso o serviço não seja realizado, os agentes de combate a endemias deverão notificar o imóvel. “Vamos chegar a um ponto em que, se isso não acontecer na prática, ele está dando a oportunidade de ser notificado e acionado civil e criminalmente", elencou o gerente do Centro de Zoonoses.

O problema prático da vigilância epidemiológica para prevenção da dengue é o fato de sua eficácia depender do acesso dos agentes sanitários aos ambientes privados, como habitações e estabelecimentos, para descoberta e combate dos focos do Aedes aegypti. Dessa forma, o calendário é uma forma desse controle ser feito pelo morador.

Agentes de combate às endemias (Foto: Raissa Morais)

"É preciso que o dono e dona de um imóvel, tenha em mente que a responsabilidade da sua própria saúde está nas suas mãos porque agora tem uma ferramenta prática e de grande utilidade, que é o calendário ecoepidemiológico. Aí sim, o agente de endemia está coordenado aos trabalhos feitos pelos moradores em busca de resultado", falou.

A melhor forma de prevenção da dengue, afirma Élcio, é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

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