Nesta quinta-feira, 11 de maio, durante o início das obras da Piauhy Indústria de Alimentos em Ribeiro Gonçalves, localizada no Cerrado do estado do Piauí, o governador Rafael Fonteles afirmou que o frigorífico agroindustrial será o ponto de partida para a industrialização da pecuária da região.
“O que estava faltando era essa ousadia de empreendedores para agregar valor à produção. Ou seja, a mesma tecnologia que passou a ter na agricultura tem que acontecer na nossa pecuária”, afirmou o gestor, durante solenidade com a presença de várias autoridades, empresários e produtores locais.
Com aporte financeiro de R$ 200 milhões, o frigorífico industrial de maior porte no Piauí será o único a contar com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) em todo o estado, o que trará impacto significativo na economia de Ribeiro Gonçalves. Durante os dois anos de construção, o empreendimento vai criar cerca de mil oportunidades de trabalho diretas e mais quatro mil indiretas.
Rafael Fonteles disse que o bovino piauiense é de qualidade, mas faltava uma indústria para gerar valor agregado à carne produzida aqui. “Essa indústria vai mudar a realidade da pecuária aqui no sul do estado. Me incomodava o Piauí ser destaque na pecuária e não ter frigorífico industrial. A genética do gado já tem melhorado, mas faltava esse processamento da carne bovina, suína e de caprino. Vai ser uma revolução para Ribeiro Gonçalves. A quantidade de empregos gerados é quase a população da cidade toda”, destacou o chefe do Executivo Estadual.
O governador parabenizou o proprietário da empresa, o produtor rural Alzir Neto, e frisou que o Estado do Piauí está à disposição para reduzir toda burocracia necessária para a obra ficar pronta o quanto antes. “Estamos otimistas com esse empreendimento. Contem com o Governo do Estado para dar resposta rápida. Todas as demandas que estiverem ao nosso alcance, faremos o possível para atender com celeridade. O papel do Estado é dar o total apoio ao empreendimento, sem burocracia”, afirmou Fonteles.
A Piauhy Indústria de Alimentos deve começar a funcionar em dois anos. O dono da empresa Alzir Neto informou que serão 80 caminhões diariamente trazendo animais vivos. Inicialmente, o frigorífico vai começar abatendo 300 bovinos e 600 suínos e caprinos, podendo chegar ao dobro dessa produção. “Vamos trazer para o mercado interno mais de 200 mil toneladas de carne processada ou in natura”, disse o produtor. Segundo o consultor Ricardo Faganello, da empresa Faganello Engenharia, a indústria vai ser um marco para a região. “O Nordeste é a bola da vez. Acreditamos que o Piauí vai exportar carne para o mundo inteiro”, destacou.