O Instituto Médico Legal (IML) de Teresina revelou que Carlos Henrique faleceu em decorrência de politraumatismo e lesões por ação contundente, causadas pelo impacto da colisão. O acidente foi provocado por criminosos que estavam sendo perseguidos pela Polícia Militar do Piauí na zona leste da capital, durante a madrugada desta quinta-feira (30).
REVIRAVOLTA
A princípio, foi apontado que Carlos Henrique morreu por bala perdida durante a troca de tiros, no entanto, o coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o Baretta, afirmou, na manhã desta sexta-feira (31), que a causa morte do músico teria sido provocada pela colisão entre os dois veículos. O diretor do IML, Antônio Nunes, esclareceu:
“Na verdade, foi feito uma declaração de óbito oficial, que uma declaração que saiu e que consta que ele foi morto por politraumatismo com ação contundente, ou seja, é aquele quando você pega um murro, ou um acidente de carro, ou cai de um prédio, e o politraumatismo são um monte de lesões que teve intensamente, porque quando um carro bate com o outro, o corpo para, mas o osso, a costela, o crânio, os órgãos não param, eles ficam batendo uns aos outros. Houve micro hemorragia no cérebro, tinha inchaço nos dois pulmões, perfurações no pulmão direito, muito sangue, e tinha cinco costelas quebradas de um lado e do outro, além de um esterno fraturado, que é onde causa convulsão no coração”, explicou Antônio Nunes.
“Isso explica a perícia, o que fez ele ter saído do carro um pouco e caído, porque estava sangrando e chegou em um ponto em que a pressão caiu tanto que baixou o oxigênio com os pulmões inchados, ele caiu”, acrescentou.
PAI DEFENDE QUE PM MATOU MÚSICO
Carlos retornava de um show em um veículo por aplicativo e, no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy com Dom Severino, o carro foi atingido pelos criminosos. Conforme o motorista Francisco Valderes Camilo Sousa, o baixista teria saído do veículo, momento em que foi atingido por diversos tiros.
O pai acredita que o filho “foi morto à queima-roupa dentro do carro e retirado para fora”, e, além disso, um dos criminosos teria indagado: “Olha quem matou seu filho, foi o policial”. Ele ainda disse que tem como provar que o músico foi morto no veículo.
NÃO HAVIA MARCAS DE TIRO NO CARRO
O diretor do IML, Antônio Nunes, enfatizou que Carlos Henrique foi socorrido para o HUT - Hospital de Urgência de Teresina e posteriormente faleceu. “Já quanto ao veículo, a gente examinou na Central de Flagrantes”, pontuou.
“O delegado Baretta falou ontem que seria possível (a reconstituição do ocorrido). Ainda não fomos demandados, até porque estamos esperando o laudo cadavérico. Deve sair hoje, ou amanhã, ou nos próximos dias. Tem até 10 dias”, completou.