Em entrevista ao programa "Bom Dia Meio Norte", apresentado por Ieldyson Vasconcelos, a mãe de Danilo José Barbosa, um jovem de 17 anos, assassinado no dia 9 agosto, na zona Sul de Teresina, afirmou que Samynha Silva teria comemorado a morte de seu filho junto a um grupo de criminosos um dia após o crime.
Danilo foi morto com três tiros na cabeça no Residencial Betinho, a poucos metros de sua própria casa. Na época, o adolescente estava sob investigação da Polícia Civil devido a suspeitas de envolvimento em crimes de receptação e associação a uma organização criminosa.
Emocionada, a mãe de Danilo declarou que viu vídeos da influencer festejando o homicídio. "Meu filho não tinha ligações com facções criminosas. Até agora, não conseguimos entender por que fizeram isso com ele. No dia de sua morte, ele estava em casa comigo, atendeu uma ligação e saiu de casa. Fui informada, fiquei vendo vídeo de que um grupo de pessoas e ela [Samynha] estavam comemorando a morte dele", disse a mulher, que preferiu não revelar o nome.
Morte da influencer tem relação com facção criminosa
A morte da influenciadora digital Samya Silva pode ter sido planejada e executada por uma facção criminosa que atua em Teresina, conforme informado pelo delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI). Em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, apresentado por Ieldyson Vasconcelos, ele informou que a motivação exata do crime, que ocorreu no domingo (1º) na zona Leste da capital, ainda está sob investigação. Assista a entrevista abaixo.
"A motivação do crime ainda está sendo levantada. Só teremos certeza da motivação do crime no final das investigações, quando o inquérito for concluído e remetido à Justiça. O [assassinato] tem relação com a facção criminosa, mas a motivação ainda está sendo investigada pela delegacia de homicídio e todas as equipes envolvidas", contou o delegado.
O celular e a motocicleta que a vítima pilotava no dia do ataque foram apreendidos para investigação policial, que agora está sob o comando da delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Conforme Zanatta, o secretário de segurança do Piauí, Chico Lucas, e o delegado-geral Lucy Keyko determinaram a união da Polícia Civil, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Força Estadual Integrada de Segurança Pública (Feisp), inteligência e delegacia geral, para colaborar na investigação.
"A investigação está bem avançada. Ontem as equipes ficaram até tarde nas diligências e até o final dessa semana devemos dar uma resposta para esse caso. Nós não podemos falar mais detalhes para não atrapalhar a investigação. Tem muitos elementos colhidos e nós vamos dar uma resposta à altura para esse crime bárbaro [que ocorreu] em Teresina", disse o delegado.
Durante as primeiras diligências, as duas amigas de Samynha que estavam com ela no momento do crime foram ouvidas pela polícia, e outras testemunhas também foram convocadas para prestar depoimento.
De acordo com o perito-geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí, Antônio Nunes, um laudo preliminar revelou que foram efetuados nove tiros contra Samynha, sendo que dois deles atingiram sua cabeça e nuca.
Samynha pilotava uma moto e levava duas amigas na garupa quando elas perceberam que estavam sendo perseguidas por dois homens em uma motocicleta. Durante a perseguição, a jovem de 21 anos parou o veículo na Avenida João XXIII, zona Leste da capital. Nesse momento, um dos indivíduos desceu da moto e efetuou os disparos. Samynha tentou fugir, correndo pela via, mas foi atingida por 9 tiros, conforme apontado o laudo preliminar da morte da jovem.