Angela Valeria Ferreira, mãe do bebê Weslley Carvalho Ferreira, morto e queimado durante um ritual, foi absorvida em audiência de instrução. O advogado de defesa dos familiares, Smailly Carvalho, informou que os avós e o pai irão a júri popular, acusados de homicídio e ocultação de cadáver.
Conforme apurado pelo repórter Felipe Reis, da Rede Meio Norte, a família informou que o Ministério Público do Piauí (MP-PI) denunciou os avós e o pai do bebê, de 1 ano e 9 meses, por materialidade indireta. "Alguns pedidos formulados pela defesa, quanto às alegações finais foram atendidos pelo juiz de 1° grau, porém ele pronunciou os avós e o pai da criança a júri popular. Nós não concordamos, iremos recorrer da decisão e a mãe do bebê foi absorvida de todas as acusações, o que nós já previamos", disse o advogado de defesa.
"O ministério público alega que existiu a morte do bebê, alegando uma materialidade indireta, que ao nosso ver é muita falha, não tem indícios concretos de que essa criança teria perdido a vida. Várias linhas de investigações que poderiam ser feitas pela a autoridade policial não foram realizadas. Jogou-se aí na mídia, nos canais de televisão que a criança morreu num ritual, só que isto foi desconstituído pela defesa em audiência. Respeitamos, mas não concordamos com a decisão e iremos recorrer da decisão de pronúncia”, afirmou Smailly Carvalho.
RELEMBRE O CASO:
A mãe da criança, Angela Valeria Ferreira, procurou a Rede Meio Norte no dia 14 de fevereiro para denunciar que seu filho Wesley Carvalho Ferreira teria sido sequestrado na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina, no dia 29 de dezembro de 2021. A criança ainda permanece desaparecida.
Na noite do dia 21 de fevereiro de 2022, a Polícia Civil realizou a prisão do pai, da mãe, Angela Valeria Ferreira, de 21 anos, e dos avós paternos do menino Wesley Carvalho Ferreira, bebê de 1 ano e 9 meses. A morte do menino ocorreu depois que a família realizou jejum por duas semanas durante ritual realizado e tendo o corpo queimado em seguida, conforme as investigações.
“A Polícia Civil fez várias diligências no final de semana no caso da criança sequestrada e conseguiu progredir nas investigações cumprindo quatro prisões temporárias , sendo do pai, da mãe e dos avós da criança. Eles já foram interrogados e existem alguns fatos obscuros e controversos que precisam ser esclarecidos. A polícia descarta a hipótese de sequestro e trabalha com outras linhas de investigação e uma delas é que a família da vítima ficou em jejum por duas semanas orando e depois sacrificando a criança, colocando fogo no seu corpo”, informou o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada.