A produção de alimentos que provém da extração vegetal aumentou 2.007% no período de 2012 a 2022 no Piauí. A produção que havia alcançado 56 toneladas, em 2012, saltou para 1.180 toneladas, em 2022. Apesar do grande aumento naquele período, a produção piauiense representava apenas 0,14% do total do país. Em termos de valor, em 2022 a produção piauiense atingiu cerca de R$ 810 mil, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior, quando havia atingido cerca de R$ 686 mil. São informações da pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022,do IBGE.
No Piauí, o destaque no crescimento da produção alimentícia advindo da extração vegetal é creditado em grande parte a dois produtos: o pequi e o umbu. No tocante ao pequi, a produção registrada, em 2018, havia sido de 136 toneladas, tendo passado a cerca de 612 toneladas, em 2022, um crescimento da ordem de 350% em 4 anos. Por sua vez, o umbu havia registrado uma produção de 56 toneladas no ano de 2012, tendo saltado para uma produção de 107 toneladas em 2022, uma elevação de cerca de 91% no período. Somadas as produções de pequi e umbu elas representam aproximadamente 61% do total da produção de alimentos oriundos da extração vegetal no Piauí.
A produção de pequi no Piauí, da ordem de 612 toneladas, em 2022, coloca o estado como o quinto maior produtor do país, com cerca de 1,28% do total da produção nacional, que atingiu 47.698 toneladas. O valor da produção de pequi no Piauí chegou a cerca de R$ 294 mil, em 2022. Os maiores produtores de pequi no país são: Minas Gerais, com 36.313 toneladas (76%); Ceará, com 3.664 toneladas (7,68%); Tocantins, com 3.285 toneladas (6,88%); e Goiás, com 3.051 toneladas (6,39%). No Brasil, o valor da produção de pequi atingiu R$ 50,6 milhões.
Em 2022, o município do Piauí com a maior produção de pequi foi Boa Hora, com 405 toneladas, o equivalente a cerca de 66% da produção total do estado. Na sequência vinham Batalha, com 48 toneladas (7,8%); Lagoa do Piauí, com 41 toneladas (6,7%); Inhuma, com 30 toneladas (4,9%); e Valença do Piauí, com 20 toneladas (3,2%). Segundo Pedro Andrade, Chefe da Seção da Pesquisa Agropecuária do IBGE no Piauí (SEPAGRO), o crescimento da produção de pequi no estado ocorreu em razão da adoção de política pública do governo federal, via CONAB, que garantia ao produtor um preço mínimo, bem como a sua comercialização.
No tocante à produção de umbu no Piauí, da ordem de 107 toneladas, em 2022, coloca o estado como o sétimo maior produtor do país, com cerca de 0,75% do total da produção nacional, que atingiu 14.200 toneladas. O valor da produção de umbu no Piauí chegou a cerca de R$ 228 mil, em 2022. Os maiores produtores de umbu no país são: Bahia, com 5.753 toneladas (40,51%); Minas Gerais, com 5.139 toneladas (36,19%); Paraíba, com 1.870 toneladas (13,16%); Rio Grande do Norte, com 572 toneladas (4%); Pernambuco, com 443 toneladas (3,11%); e Alagoas, com 285 toneladas (2%). No Brasil, o valor da produção de umbu chegou a cerca de R$ 20,4 milhões.
Em 2022, o município do Piauí com a maior produção de umbu foi Acauã, com 27 toneladas, o equivalente a aproximadamente 25% do total da produção do estado. Na sequência vem os municípios de Marcolândia, com 20 toneladas (18,69%); e São Raimundo Nonato, Colônia do Piauí e Campo Alegre do Fidalgo, com uma produção igual de 8 toneladas, o que deixa cada um desses municípios com uma participação individual equivalente a 7,5% do total do estado. De acordo com Pedro Andrade, Chefe da SEPAGRO do IBGE, o crescimento da extração de umbu no estado deu-se em razão do aumento da produção de polpa do produto, através da implantação de pequenas indústrias ligadas a Cooperativas extrativistas.
(Com informações do IBGE)