“Senti um amargo na boca”, diz parente de vítimas mortas após comer manjuba no Piauí

A família recebeu a doação no dia 31 de dezembro de 2024. Quando as vítimas consumiram no dia seguinte, começaram a passar mal e foram internadas com sintomas de intoxicação.

Um jovem de 17 anos e um bebê faleceram. Outras pessoas continuam internadas. | FOTO: Reprodução/Patrula/TV Meio
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“A gente começou a passar mal, vomitando. O rapaz (Manoel Leandro Silva) ficou tremendo". Este foi o relato de um familiar sobre o momento em que seus parentes passaram mal após comerem um peixe do tipo manjuba, na cidade de Parnaíba (PI), nesta quarta-feira (1º). Um jovem de 17 anos e um bebê faleceram. Outras pessoas continuam internadas.

“Nós recebemos uma manjuba de uma pessoa conhecida da gente, e entregou as manjubas e quando a gente almoçou elas, com poucas horas a gente começou a passar mal [...] a gente chamou o SAMU, e de repente começou de um por um as ambulâncias com o pessoal. Eu comi também, senti um amargo na boca”, relatou o idoso, que é parente das vítimas. 

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O QUE ACONTECEU?

A família mora no Conjunto Dom Rufino II e recebeu a doação no dia 31 de dezembro de 2023. No dia seguinte, ao consumirem o peixe, as vítimas começaram a passar mal e foram internadas com sintomas de intoxicação. Manoel Leandro Silva faleceu antes de chegar ao hospital.

Oito pessoas foram internadas no Hospital Nossa Senhora de Fátima e Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Horas depois, o HEDA confirmou a morte do pequeno Davi, de um ano e 8 meses. Demais, seguem em observação. 

Peixes doados para família | FOTO: Reprodução

O QUE DIZ A POLÍCIA?

A Polícia Civil e a perícia do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para investigar os alimentos e verificar a presença de possíveis contaminantes. De acordo com Antônio Nunes, perito-geral do Piauí, amostras de estômago, sangue e urina foram recolhidas das vítimas. As pessoas que doaram os alimentos para a família já foram interrogadas. Elas alegaram que outros moradores também receberam e que tinham costume de realizar o trabalho filantrópico. 

Um fato que chamou atenção das autoridades é que as vítimas são familiares de Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, que morreram em agosto e novembro de 2024, respectivamente, após comerem cajus envenenados.

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