A Polícia Civil vai investigar um grupo de jovens que aparecem em um vídeo comemorando a morte de Rodrigo dos Santos Silva. O jovem de 19 anos que é suspeito de pertencer ao PCC, foi morto a tiros no domingo (16). O crime aconteceu na Avenida Zequinha Freire, zona Leste de Teresina.
No vídeo divulgado nas redes sociais é possível ver cerca de cinco jovens dançando e cantando uma música que faz referência ao “crime organizado” e “formação de quadrilha”. Na filmagem um rapaz diz: “eu sou bonde, viu", em referência a facção Bonde dos 40. O rapaz continua e diz: “PCC passa mal. Rodriguim, Rodrigo vai penar, está no colo do capeta”.
O delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), esteve no programa Jornal da Tarde na TV Jornal nesta terça-feira (18) e pontuou que não vai admitir que ninguém faça apologia tanto à facções criminosas quanto à criminalidade em geral.
“O DRACO não vai admitir nenhuma apologia à organizações criminosas ou à criminalidade no geral. Nós já tivemos ações como essa na qual os indivíduos divulgaram vídeos desse tipo e em todas eles foram identificados, presos e responsabilizados criminalmente. Todas as pessoas que promovem essas ações serão responsabilizados”, destacou.
O delegado aproveitou para destacar ações em relação aos seis homicídios que ocorreram em Teresina nas últimas 24 horas. Segundo ele, mesmo com a grande quantidade de crimes essa não é a situação atual da segurança pública no estado do Piauí.
“Mesmo acontecendo esses seis homicídios essa situação não se trata da situação atual da segurança pública piauiense. Desde o início da gestão temos reduzido esses índices de criminalidade. Tenho certeza que isso não vai se tratar de uma realidade ou de ação permanente e serão apenas fatos e ações isolados”, disse.
Ainda de acordo com Charles Pessoa, parte das pessoas que foram mortas tem vínculo com facções e com a criminalidade. Ele não descartou que grande parcela das mortes tenha sido por conta de briga entre facções rivais. Os homicídios vão ser investigados pelo Departamento de Homicídios Proteção à Pessoa (DHPP).
“A grande maioria delas já tinha um histórico criminal bem robusto, alguns inclusive já eram investigados pelo próprio DRACO. Algumas vítimas tem esse vínculo com facções criminosas. A investigação é feita pelo DHPP mas a gente não pode descartar essa linha de que seja briga entre facções.”, pontuou.