O desaparecimento do estudante de direito e videomaker Lucas Vinícius Monteiro de Oliveira, de 24 anos, completa 1 mês nesta terça-feira (24). O jovem foi visto pela última vez na madrugada do dia 24 de abril na Ponte Juscelino Kubitschek, conforme versão dada pela namorada Maria Gabriela Soares Vasconcelos. Desde então, familiares e amigos iniciaram uma campanha nas redes sociais em busca por informações a respeito do paradeiro do jovem.
O caso tomou o noticiário local nas últimas semanas após os pais de Lucas, Ana Monteiro Oliveira e Moisés Monteiro Oliveira, questionarem a versão alegada pela namorada do estudante. Os pais desacreditam que o filho tinha um quadro depressivo e que tenha caído no rio Poti. O Corpo de Bombeiros segue realizando buscas pelo jovem, mas até o momento o estudante não foi localizado.
A mãe de Lucas Vinícius chegou a citar o achado de um cadáver carbonizado no último dia 30 no Assentamento Emiliano Batata, na região do Rodoanel de Teresina. Para ela, o corpo que é do sexo masculino e de idade aproximada de Lucas, pode ser de seu filho.
Porém, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o ‘Baretta’, informou que o resultado do exame de DNA ainda não saiu para saber se se trata do estudante.
Transferência bancária
A defesa de Maria Gabriela Soares Vasconcelos, namorada de Lucas Vinícius Monteiro, se pronunciou acerca das notícias envolvendo a transferência bancária de R$ 3.676,69 realizada no dia 24 de abril, quando o jovem foi visto pela última vez. Em nota encaminhada ao Meionorte.com, a namorada relatou que a transferência ocorreu por iniciativa da própria mãe de Lucas Vinícius no dia 24 de abril, pois era de conhecimento de todos os entes próximos que, por não declarar renda e não possuir emprego fixo, Lucas não conseguiu acesso a crédito nos bancos. Diante disso, Maria Gabriela Soares lhe emprestou um cartão de crédito para que ele usasse no seu dia-a-dia em Teresina.
No entanto, os pais do estudante de Direito negaram a versão sobre a transferência bancária dada por Maria Gabriela. “Nós chegamos 13h30 na casa dela e a transferência de R$ 3,500 retirado por Gabriela da conta de Lucas, foi 14h30. Quando que uma mãe e um pai desesperados atrás de um filho vão pensar em dinheiro? Nós estamos muito fragilizados e nosso filho não se jogou daquela ponte do rio Poti. Em momento nenhum. Existiu sim a cena do carro na ponte, mas em momento nenhum ele estaria depressivo. O nosso filho era feliz, amado e querido por todos”, desabafou a mãe.
Ao Meionorte.com, a Defesa de Gabriela Vasconcelos informou que todos os esclarecimentos necessários referente ao caso Lucas Vinícius já foram prestados, tanto nos autos do inquérito o qual investiga o caso na Delegacia de Desaparecidos, bem como para a mídia. Diante disso, a defesa explicou que a jovem somente prestará qualquer esclarecimento após a conclusão do Inquérito Policial.
Buscas pelo rio
A reportagem procurou o Corpo de Bombeiros para explicar como, após 30 dias, estão sendo realizadas as buscas no rio. Segundo o tenente Juarez, o trabalho agora está sendo feito dentro da disponibilidade da guarnição, diante das outras demandas, ocorrências e serviços prestados na cidade.
As buscas, feitas cotidianamente por semanas, chegaram a se estender até os municípios de União e Miguel Alves. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através da Delegacia de Desaparecidos, está acompanhando o caso.
“Aqui não tem vítima, não tem investigado, não tem suspeito, não tem indiciado, a polícia está investigando porque há um trabalho policial muito bem feito, que busca esclarecer os fatos para a sociedade piauiense”, reiterou o coordenador do DHPP, em entrevista à TV Meio Norte.