No dia 1º de outubro de 2023, a blogueira Samynha Silva foi perseguida e executada com diversos tiros na Avenida João XXIII, próximo ao balão do São Cristóvão, na zona Leste de Teresina (PI). Três meses depois, a Polícia Civil do Piauí elucidou o caso e anunciou que seis envolvidos foram presos, sendo um que morreu dentro do DRACO - Departamento de Repressão ao Crime Organizado e o um sétimo que está foragido. O MeioNorte detalhou a logística completa do crime.
Câmeras de segurança filmaram o crime. Preliminarmente, a perícia apontou que foram efetuados nove tiros contra a influencer. Três dias após, a Polícia Civil afirmou que a morte de Samynha pode ter sido planejada e executada por uma facção criminosa, confirmado pela coletiva de imprensa, identificada como Bonde dos 40.
O DHPP - Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa apreendeu ainda pequenas porções de maconha e uma prensa hidráulica, utilizada para comprimir o entorpecente, no apartamento da blogueira. Investigações da polícia apontam que Samynha estava envolvida com o tráfico e associada à facção criminosa PCC.
AFINIDADE COM OS EXECUTORES
O delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, declarou que os criminosos haviam realizado um levantamento sobre a vida da influenciadora digital e afirmou que havia uma afinidade entre a vítima e os executores do crime. Samynha teria sido atraída ao local onde estava e depois foi perseguida, e morta a tiros.
"Foi um crime de difícil elucidação, principalmente devido à vasta expertise dos envolvidos, pela experiência de liderança na organização criminosa [...] Os criminosos realizaram todo o levantamento sobre Samynha com a participação das companheiras que já tinham se relacionado com membros de outras facções rivais, razão pela qual tinham essa afinidade e, infelizmente, decidiram executar covardemente Samya", explicou o delegado.
SETE ENVOLVIDOS
A influenciadora recebeu a "sentença de morte" de integrantes do Bonde dos 40 que ocupam Teresina. Eles foram identificados, como: Davyd, Israel, Felipe, Francilda e Vitória. O sexto preso, Herbertt Isaque Rosendo Lima, mais conhecido como "Jibóia", morreu na tarde de quarta-feira (10), antes do interrogatório na sede do Draco após passar mal. Um sétimo envolvido, de nome João Gabriel, vulgo "Batata" está foragido.
A delegada Nathalia Figueiredo esclareceu que Felipe e Israel foram presos no dia 19 de dezembro e Francilda e Vitória no dia seguinte, 20 de dezembro. Quanto a Davyd, ele já se encontrava no sistema prisional e teve o mandado de prisão pelo crime contra Samynha cumprido na quarta (10).
"A investigação está transcorrendo, as prisões são temporárias, onde tem um viés investigativo, então novos nomes estão surgindo e possivelmente novas prisões serão realizadas", explicou a delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo inquérito.
MORTE DE ARQUITETO DO CRIME
Herbertt Isaque Rosendo Lima morreu na quarta-feira (10) após uma luta corporal com policiais do DRACO. Ao cumprir o mandado de prisão, o homem reagiu e entrou em uma luta corporal com os policiais. De acordo com o delegado Charles Pessoa, o suspeito estava se recuperando de uma cirurgia após um acidente de motocicleta e chegou a romper as algemas durante a contenção dos agentes de segurança.
LOGÍSTICA DO CRIME
A morte de Samynha Silva foi decidida no dia do crime, dentro do Eldorado Club, pelo Tribunal do Crime composto por Israel, Felipe, João Gabriel, Davyd e Herbertt. Francilda e Vitória foram as responsáveis por atrair Samynha ao clube, onde também estavam Felipe e João Gabriel.
Herbert entregou a arma para Davdy, que, acompanhado por Felipe, seguiu a vítima em um carro após ela deixar o clube, efetuando os disparos no local onde ocorreu o óbito, segundo informou a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP.
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