Conheça Motinha, megatraficante procurado pela Interpol

Foragido da Polícia Federal, megatraficante é procurado pela Interpol com segurança de guerra.

Matinho em um evento, Festa do Laço, 2014 | Reprodução - Foto: Arquivo pessoal
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Na última sexta-feira (30), um homem que era foragido da polícia, conhecido como "Motinha", acabou fugindo de helicóptero durante uma mega operação da Polícia Federal de combate ao tráfico de drogas. Algumas autoridades brasileiras alegam que sua fuga tenha sido motivada por uma suspeita de vazamento das informações sobre a ação para capturar o megatraficante. 

A Polícia Federal havia realizado nesta sexta-feira, uma mega operação de combate ao tráfico de drogas, que estava sendo realizada em parceria com as autoridades do Paraguai e com o Ministério Público Federal brasileiro. De acordo com a investigação, foram expedidos pela Justiça Federal, cerca de 11 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão, em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Dos 12 mandados de prisão que foram expedidos, 9 eram para brasileiros e somente seis foram cumpridos. Todas as ordens de prisão eram de integrantes da força paramilitar do grupo de Mota.

De acordo com informações obtidas pela operação, a organização de Mota era especializada em tráfico de cocaína. A droga era trazida da Bolívia e da Colômbia, chegava no Paraguai por um avião, região de fronteira com o Brasil, e de lá seguia em um helicóptero para São Paulo e Paraná, onde era despachada para os portos de Santos (SP) e Itajaí (SC). A organização fornecia cocaína para uma facção paulista. Partindo dessa descoberta, as autoridades suspeitam que Mota tenha tido relações próximas com outros grandes traficantes que também atuavam com a facção e com o tráfico de drogas, e que agora estão presos, como os mega traficantes Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, e Caio Bernasconi, o Fantasma da Fronteira.

Durante a operação, Mota e seus cinco integrantes, entre eles, três estrangeiros, conseguiram fugir. O megatraficante brasileiro Dom, está na lista da Difusão Vermelha da International Criminal Police Organization (Interpol) e agora os outros cinco fugitivos também serão incluídos na relação dos mais procurados pela autoridade internacional. De acordo com uma fonte ligada à investigação, cerca de dois dias antes da ação dos policiais, a informação sobre a operação havia vazado e chegou ao conhecimento de Dom.  

O megatraficante fugitivo havia recrutado um grupo paramilitar, formado por um brasileiro, um romeno, um italiano e um grego, tudo isso para garantirem sua segurança pessoal e das operações de tráfico de cocaína. Todos os integrantes do grupo possuíam cursos nacionais e internacionais na área de segurança privada e em operações militares. 

Um dia antes da operação da PF, um helicóptero havia pousado no lado paraguaio da fazenda onde Dom estava recluso, fugindo do local logo em seguida. O G1, as autoridades brasileiras suspeitam de que o vazamento das informações sobre a operação tenha ocorrido do lado paraguaio da operação. No entanto, em entrevista, o representante da Polícia Nacional do Paraguai alegou que apenas a Polícia Federal brasileira tinha acesso às informações sobre a operação.

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