'Ela provavelmente não era alvo', diz delegado sobre advogada morta junto com cliente

Na tarde de terça-feira (30), ambos foram vítimas de disparos de arma de fogo, a 600 metros distante da delegacia do município, logo após terem saído do local

Delegado diz que advogada provavelmente não era alvo do crime | Reprodução
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O delegado Thyago Batista,  responsável pela investigação do assassinato da advogada Brenda dos Santos Oliveira, de 26 anos, e o cliente dela, Janielson Nundes de Lima, de 25 anos, em Santo Antonio, no Rio Grande do Norte, detalhou que ela provavelmente não era alvo dos criminosos. A informação foi concedida ao repórter Gustavo Brendo da Inter TV.

Na tarde de terça-feira (30), ambos foram vítimas de disparos de arma de fogo, a 600 metros distante da delegacia do município, logo após terem saído do local. Conforme afirmado pelo delegado em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31), a advogada foi um dos alvos por estar no veículo ao lado de Janielson, conhecido como "Gordinho da Batata", objeto de investigação da Polícia Civil pela morte do vaqueiro João Victor Bento da Costa. O Gordinho, conforme o delegado, seria o alvo do ataque a tiros.

Advogada Brenda dos Santos Oliveira (Foto: Reprodução)

O delegado Thyago Batista, que classifica o crime como execução, destacou que, conforme o pouco conhecimento que tinha da advogada na região, ela era recentemente formada, atuava na advocacia por pouco tempo, não possuía envolvimento prévio e foi contratada pela família do suspeito após a condução de Janielson para a delegacia. Essa contratação ocorreu quando a família procurou um advogado na região para acompanhá-lo.

Ilanna Arquilino, sócia e amiga de Brenda, relatou ao g1 que a advogada não conhecia o cliente e que o trabalho foi indicado por uma prima. Brenda havia obtido seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2022.

Brenda ofereceu carona, em seu veículo, para Janielson e três familiares ao deixarem a delegacia, quando foram interceptados por quatro criminosos, segundo o delegado. Ele sugere que a advogada pode ter acelerado o carro, inadvertidamente, em uma autodefesa, o que poderia ter motivado o homicídio dela.

As três pessoas no banco de trás do carro não foram atingidas pelos disparos, sofrendo apenas lesões leves devido aos estilhaços de vidro e à colisão do veículo, após os tiros, com um ônibus. Os parentes foram atendidos no hospital municipal e liberados.

Os quatro suspeitos, usando capacetes e chegando em motocicletas, foram responsáveis pelos disparos que resultaram na morte da advogada e de seu cliente. O delegado investiga ainda a possibilidade da presença de outro veículo dando apoio. A OAB comunicou que solicitou ao secretário de Segurança Pública do Estado o acompanhamento rigoroso das investigações e designou uma comissão para acompanhar o inquérito policial.

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