Exclusivo Famílias envenenadas: O que está por trás dos serial killers do PI e RS; psiquiatra explica - No Rio Grande do Sul

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2019 e 2025, cerca de 2.347 pessoas morreram no Brasil por envenenamento com chumbinho, um raticida clandestino. - No Rio Grande do Sul

Slide 4 de 6

No Rio Grande do Sul

Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Mais um cenário de fim de ano. Preparativos para as festas e apenas um dia para o Natal. O que deveria ser uma data celebrativa, se tornou um pesadelo. De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em casa, em 23 de dezembro, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal após comer um bolo.

Apenas uma delas não teria consumido o alimento. Seis precisaram de atendimento hospitalar. Dessas, três morreram horas depois. Entre as vítimas estão: Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65.

As demais vítimas ficaram internadas, mas já receberam alta até a produção desta reportagem. Entre elas, Zeli dos Anjos, de 61 anos, foi quem fez o bolo e levou até o café da tarde. 

Paulos dos Anjos, 68, ex-marido da responsável pela preparação do bolo, havia morrido em setembro. Após a situação familiar ter uma reviravolta, a polícia realizou a exumação do corpo do homem para investigar as causas da morte, e foi confirmado envenenamento nesta sexta-feira (10).

Paulo e Zeli a esquerda. Exumação do corpo à direita. Reprodução. 

A princípio, a suspeita das mortes estava em cima de uma possível intoxicação alimentar, até que provas mostraram o contrário. De acordo com Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP), para a investigação, foram coletadas 89 amostras na casa da mulher que fez o bolo. Uma amostra, de farinha, apresentou a concentração de arsênio, um componente usado na fabricação de alguns pesticidas. 

No entanto, as investigações não direcionaram as autoridades à Zeli, mas sim, a sua nora, Deise Moura dos Anjos, referida pela polícia do caso, como alguém que praticava homicídios em série. 

Carregue mais
Tópicos
SEÇÕES