Deise Moura dos Anjos,42 anos, se tornou a principal suspeita através do seu próprio equívoco em não esconder as provas. Segundo a Polícia Civil, foi encontrado no computador de Deise um histórico de pesquisa comprometedor.
“Ela [suspeita] pesquisou veneno, receita de veneno que fosse inodora, sem cheiro, sem gosto. E, com base nas pesquisas, chegou a uma composição química, que ela tentou montar. Percebemos isso através das compras nos sites. E, com essa combinação, ela começa a tentar envenenar familiares, chegando na morte do sogro”, diz Sabrina Deffente, delegada da PCRS.
PREMEDITADO
Ainda segunda a polícia, Deise "pesquisou, comprou, recebeu e usou veneno" para matar as vítimas e provas técnicas comprovam que a suspeita fez quatro compras de veneno em um período de cinco meses, "sendo uma antes da morte do sogro e as outras antes do envenenamento das outras familiares". Dr. Samuel explica sobre como pode ser que esses planos cruéis tenham passado despercebidos.
“Serial killers são muito manipuladores, eles tendem a assimilar e dissimular seus sentimentos. Já que eles são frios, eles apenas tem um esboço que mimetiza sentimentos verdade. Na sua frente, podem ser seus amigos, lhe tratarem bem, mas normalmente são pessoas muito falsas e talvez você não perceba que se trata ali de algo maligno”.
"Ninguém acreditou que ela poderia ter feito isso", disse vizinho da mulher acusada. Reprodução.
Deise teria inventado uma narrativa para convencer sogra, a não levar apuração da morte do marido adiante, tentando até mesmo realizar a cremação do corpo, plano que não teve sucesso. Além disso, a suspeita também tentou criar outra narrativa para que a causa fosse fechada e a família se conformasse: o sogro havia se infectado com bananas.
“O modus operandi do serial killer sempre é a simulação e a dissimulação. Ele sempre opera pela forma de enganar os outros. Então a falsidade é uma característica marcante, ele não sente vergonha nisso. Normalmente também não sente medo, e opera com frieza e muita indiferença,” explica o doutor.
O VERDADEIRO LADO DE DEISE
A suspeita também foi descrita como alguém de "postura fria, com respostas sempre na ponta da língua", em conversas com investigadores. Segundo o delegado do caso, Marcos Veloso, Deise tem demonstrado estar "muito tranquila" e, por vezes, "esboça sorrisos", nos depoimentos que prestou enquanto investigada.
A motivação, todavia, perdura sobre as desavenças que Deise possuía com a sogra há mais de 20 anos e a levou a cometer os crimes.